sábado, 30 de abril de 2011

Pequenas novidades...

Algumas atualizações recentes a este blog que poderão ter passado despercebidas:

  • Adicionámos a divertida série de banda desenhada sobre ciclismo Yehuda Moon à secção Úteis.
  • Criámos uma página intitulada TOP, onde reunimos atalhos para alguns dos tópicos mais populares deste blog.
  • Temos acrescentado regularmente novos sites à secção Não estamos sós. A maioria são portugueses, mas a página também acolhe sites de outros países, desde o Brasil aos EUA ou da Dinamarca a Moçambique.
  • Integrámos na barra lateral um mapa que permite visualizar em que parte do mundo se encontram os nossos leitores (só inclui visitas posteriores à data da sua inclusão). É interessante verificar que, para além do público europeu, temos também um importante conjunto de leitores em diversos pontos do Brasil. Ao longo dos próximos meses, queremos colocar mais alguns círculos verdes noutros pontos do mapa, incluindo a Ásia, África e... quem sabe, até o Alaska :-)
  • Incluímos no fundo da barra lateral (na página inicial) uma ferramenta de navegação no Arquivo, para acesso rápido aos artigos publicados num determinado mês/ano.
  • Outros pequenos melhoramentos, aqui e ali.

Esperamos que gostem e continuaremos abertos a críticas e sugestões!

 

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Hoje é dia de Bicicletada (Massa Crítica)

Depois de três edições consecutivas com sucesso, é já hoje que se realizará a 4ª Massa Crítica (ou bicicletada) em Braga. Se estiver por perto de Braga, já sabe: pegue na sua bicicleta e venha para a rua celebrar a mobilidade sustentável!

O ponto de encontro escolhido é o chafariz da Arcada (Av. Central, a partir das 18h30. Apareçam! :-)

Mais informações estão disponíveis na página da Massa Crítica Braga, no Facebook, ou no site da Massa Crítica - Portugal.

Porquê pedalar e andar a pé? (vídeo)

Alguns dos benefícios de andar a pé e de bicicleta em vez de usar veículos a motor.

terça-feira, 26 de abril de 2011

World Bicycle Relief - melhorar as condições de vida nos países em desenvolvimento

A bicicleta é vista muitas vezes como um objeto de luxo, como um brinquedo ou objeto de lazer ou ainda como coisa de pobres. No entanto, a bicicleta em geral encerra em si várias características que a tornam como um meio de transporte ideal para pequenas e médias distâncias, independentemente da idade ou da classe social. É um meio de transporte não-poluente, económico, silencioso, saudável, altamente eficiente em termos energéticos e, comparativamente com o automóvel, ocupa muito menos espaço em casa, no trabalho ou na via pública.

As suas potencialidades são praticamente inesgotáveis, e isso é o que nos provam não só as experiências urbanas em alguns países desenvolvidos (Holanda, Dinamarca, etc.), mas também um certo número de projetos de beneficência nos países menos desenvolvidos. É o caso, por exemplo, do World Bicycle Relief, que tem mudado para melhor muitas vidas, simplesmente disponibilizando bicicletas às comunidades e formando mecânicos para atuarem no terreno. Trata-se de um projeto que tem tido presença em países como a Zâmbia, o Quénia, o Zimbábue e Sri Lanka.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Wheels for Wellbeing - um programa de ciclismo inclusivo

Wheels for Wellbeing (em inglês, "rodas para o bem-estar") é um programa de beneficência existente no Reino Unido que tem por objetivo encontrar formas de ajudar pessoas com algum tipo de deficiência ou incapacidade a utilizar bicicletas (para transporte, melhorias de saúde, etc.).

Depois de ver o vídeo abaixo, a primeira questão que me vem à mente é: quando veremos um programa deste tipo em Portugal? É um daqueles vídeos que vemos uma vez e desejamos ver o mesmo acontecer à nossa volta. E depois, aquele sentimento pouco agradável, e perceber que em algumas áreas estamos mesmo atrasados e temos ainda um longo caminho a percorrer...

sábado, 23 de abril de 2011

Páscoa feliz!

Desejo uma Páscoa feliz para todos os leitores do Sempre de Bicicleta.

P.S.: Confesso que esta moda do coelhinho e dos ovos de Páscoa ainda não me convenceu, mas um ovo de Páscoa que escolhe andar de bicicleta deve certamente merecer o nosso respeito :-)

terça-feira, 19 de abril de 2011

Bike boxes: prioridade aos ciclistas nos semáforos

Em Portugal ainda é pouco frequente encontramos nas ruas sinalização vertical e horizontal destinada a ciclistas. Comparando com o que podemos encontrar em diversas cidades europeias e americanas, ficamos com a sensação de que estamos um pouco atrás no tempo. E não são só ciclovias e placas que andamos a perder. Para o exemplificar, poderíamos recorrer aos inúmeros exemplos retirados das ruas de Amesterdão, Berlim, ou Copenhaga...

Hoje partilho convosco uma das soluções simples e pouco dispendiosas que facilitam a vida aos ciclistas em cidades como Londres, Portland, Bristol ou Nova Iorque. Pode ser que, um dia destes, os nossos autarcas, ou quem manda afinal na nossa rede viária, se decidam a aplicar algumas destas ideias...

Há quem lhes chame bike boxes (caixas de/para bicicletas), mas o nome mais formal será antes Advanced Stop Line, ou Advanced Stop Box. Com simples marcações na estrada (e eventual sinalização vertical de apoio), define-se uma área onde só podem parar certos tipos de veículos (p.ex. bicicletas), ficando estes com uma posição de arranque avançada quando o sinal muda de vermelho para verde. Ou seja, a fila de automóveis deve parar um pouco mais atrás, de modo a reservar esse espaço para as bicicletas e/ou motos.

As bike boxes estão geralmente associadas à existência de uma faixa reservada a ciclistas. A principal vantagem prende-se com o facto de aumentar a visibilidade do ciclista nos cruzamentos, reduzindo a probabilidade de colisão com outros veículos. Evidentemente, o ciclista só deverá usar uma bike box se o sinal estiver vermelho. Se estiver verde, deve seguir o fluxo do trânsito.

Uma vantagem suplementar é que os peões que atravessem numa passadeira em frente a uma bike box estarão também protegidos pela distância adicional aos veículos motorizados.

No seguinte vídeo, podemos ver como se usam as bike boxes na cidade de Nova Iorque:

Eu gosto particularmente das bike boxes verdes que foram implementadas há alguns anos na cidade americana de Portland, que me parecem ainda mais fáceis de usar pelo facto de estarem bem mais visíveis e destacadas:

Encontros com Pedal, em Braga

Depois da realização das primeiras edições da Massa Crítica Braga, desde janeiro deste ano, não demorou muito para que a cidade mostrasse vontade de abraçar a bicicleta como veículo de eleição. O domingo passado, decorreu no centro de Braga a segunda edição dos Encontros com Pedal, "para conhecermos mais e melhor a cidade em que vivemos e as pessoas com quem convivemos".

O lema destes Encontros é Viver Mais, partindo de bicicleta à descoberta dos recantos da cidade, sem pressas e na companhia de um agradável grupo de amigos. Porque Braga tem excelentes condições para rapidamente acolher um número crescente de utilizadores assíduos da bicicleta como meio de transporte, eventos como este têm o mérito de trazer para dentro da cidade, num contexto descontraído, muitos ciclistas que noutras circunstâncias dificilmente se aventurariam a pedalar nas ruas. Os Encontros com Pedal têm ainda o mérito de englobar ciclistas de todas as faixas etárias, dos mais pequenos aos mais idosos - porque pedalar (e conviver) é para todas as idades.

Esta nova iniciativa vem provar que Braga é uma cidade viva e com vontade de encontrar novas formas de estar e de conviver. É certo que são necessárias e indispensáveis algumas medidas importantes ao nível do urbanismo, mas a consciencialização de autarcas e outros responsáveis depende em larga medida da iniciativa dos cidadãos. É, pois, fundamental que as bicicletas saiam à rua e reivindiquem o espaço que é seu por direito. O resto virá por acréscimo...

Aos organizadores do evento, parabéns pela iniciativa! Que cada um destes Encontros com Pedal seja um espaço de estreitamento de laços entre vizinhos e amigos, bem como uma escola (para miúdos e graúdos) em termos de sensibilização para o uso da bicicleta enquanto meio de transporte útil, agradável, divertido e seguro.

(Fotos retiradas da página oficial dos Encontros com Pedal no Facebook)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

De bicicleta na cidade: devemos andar pelos passeios?

Diz o senso comum que na cidade o lugar mais seguro para andar de bicicleta são os passeios e bermas. Tenho vindo a observar, a este propósito, que alguns ciclistas urbanos preferem pedalar pelos passeios, mesmo em ruas com bom piso e pouco movimento. E embora compreenda em parte os motivos que levam a esse tipo de comportamento, creio ser uma prática a evitar, por vários motivos.
 

1. Andar de bicicleta nos passeios é ilegal

Ainda que o Código da Estrada português apresente ainda algumas lacunas em matéria de inclusão e proteção dos ciclistas, convém ter presente que é o Código da estrada que dita as regras de circulação na via pública e que este deve ser cumprido sempre que possível. Por isso, um dos motivos para circular de bicicleta na faixa de rodagem e não nos passeios é precisamente porque a lei assim determina. No passeio, de acordo com o CE, os ciclistas devem desmontar e levar a bicicleta pela mão.

2. Andar nos passeios é perigoso

Há vários perigos à espreita nos passeios. Boa parte deles são demasiado estreitos e têm buracos ou outros obstáculos que dificultam imenso a circulação dos ciclistas: é frequente haver degraus, pilaretes, árvores, bancos, postes, marcos de correio, sinais de trânsito, etc.

Quem vai a sair de um edifício geralmente não espera que venha uma bicicleta a circular no passeio, o que pode originar acidentes de certa gravidade. Além disso, os passageiros dos carros estacionados junto ao passeio podem a qualquer momento abrir as suas portas, resultando num dos tipos de acidentes mais frequentes com ciclistas.

3. Pelo passeio demoramos mais tempo

Os passeios estão concebidos para a circulação de peões, não de bicicletas. O trânsito pelos passeios é forçosamente mais lento do que na faixa de rodagem. Por um lado, porque é necessário dar inteira prioridade aos peões. E, por outro lado, porque os passeios há inúmeros obstáculos para os veículos de duas rodas. Um ciclista que evite sistematicamente a faixa de rodagem e circule somente pelos passeios vai certamente demorar muito mais tempo a chegar ao seu destino, correndo muito provavelmente alguns riscos desnecessários.

4. Defenda os seus direitos!

Você tem o direito de circular de bicicleta na faixa de rodagem (exceto, naturalmente, em autoestradas e outras vias devidamente sinalizadas). Os condutores de automóveis e outros veículos motorizados têm o dever de partilhar a via pública com todos os veículos, incluindo as bicicletas. Não abdique dos seus direitos.

Ao seguir pela faixa de rodagem, está a contribuir para educar os condutores, acostumando-os à presença dos ciclistas na via pública. Uma maior visibilidade da bicicleta enquanto meio de transporte é um contributo essencial para a melhoria das condições de segurança para ciclistas. À medida que os condutores se vão habituando a circular junto com os ciclistas, tornam-se mais atentos e cuidadosos. Há estudos que mostram que, à medida que aumenta o número de ciclistas nas ruas, aumenta também a sua segurança, diminuindo o número e gravidade dos acidentes.


...relativizar onde é preciso

Devemos conhecer e respeitar o Código da Estrada sempre que ele defende a nossa segurança e a dos que nos rodeiam. O bom senso é útil para ajudar a discernir algumas situações onde podemos relativizar algumas regras. Em alguns casos, pode ser aceitável e até recomendável circular pelos passeios.

Um exemplo simples: numa via de alta circulação automóvel, com uma subida acentuada e velocidades de 70km/h ou mais, uma bicicleta pode efetivamente correr alguns riscos. Ainda que o seu lugar por direito e por dever seja na faixa de rodagem, se houver um passeio suficientemente largo, com piso apropriado e onde estejam a circular poucas pessoas, pode ser boa ideia seguir temporariamente pelo passeio. Obviamente, dando sempre prioridade aos peões, e acautelando todo o tipo de situações imprevistas: alguém que sai de um carro ou de um edifício, peões que mudam de repente de direção, crianças que correm ou brincam no passeio, etc.

domingo, 17 de abril de 2011

Bicicleta personalizada... com rádio e tudo!

Não tenho por hábito andar por aí a tirar fotos a todas as bicicletas que vejo na rua, mas às vezes há algumas que nos chamam a atenção. Foi o caso desta que, para além do normal equipamento (luzes, guarda-lamas, refletores, campaínha), foi personalizada para incluir ainda dois espelhos retrovisores e um bici-rádio.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Desabafos de um ciclista urbano

Depois de algum tempo em que venho fazendo da bicicleta o meu meio de transporte pessoal na cidade, é curioso observar que por motivos diversos as outras modalidades de transporte não são verdadeiras alternativas. Para além das despesas associadas quer ao carro quer aos transportes públicos, a bicicleta permite-me poupar tempo e paciência. E quando se toma real consciência disso é quando ela nos falta...

De vez em quando, uma bicicleta precisa de alguma manutenção. E se andamos nela todos os dias, faça chuva ou faça sol, isso pode ser mais frequente do que desejaríamos. Uma afinação aqui, lubrificação ali, uma ou outra peça que empena ou que se vai desgastando... O ideal seria ter uma boa oficina perto do local de trabalho que fizesse esse serviço durante o dia, de modo a termos a bicicleta pronta a usar na hora de regressar a casa.

Pode até parecer um cenário um tanto ou quanto idealista, mas a verdade é que isso só não acontece por falta de mercado, ou seja, porque o número de bike commuters ainda é insuficiente para garantir a rentabilização do investimento. Aliás, em cidades como Londres, em épocas passadas em era generalizado o uso da bicicleta por parte da população, existiam mesmo essas oficinas junto às empresas, para que os trabalhadores não ficassem sem o seu transporte pessoal - reduzindo assim atrasos e absentismo.

Mas, voltando à nossa por vezes triste realidade, as lojas de bicicletas em Portugal estão ainda, na sua maioria, especializadas em equipamentos de desporto e/ou lazer. As bicicletas utilitárias são um nicho de mercado um tanto ou quanto residual e, provavelmente, pouco lucrativo. A modos que não só é difícil encontrar à venda uma boa variedade de bicicletas urbanas com o equipamento necessário (luzes, refletores, guarda-lamas, proteção de corrente, bagageira, dínamo), como é também frequente não haver nas oficinas certas peças de substituição para estas bicicletas.

Foi o que me aconteceu recentemente. A minha bicicleta tinha uma folga no movimento pedaleiro, pelo que decidi substituir a peça antes que ficasse empancado na estrada numa hora crítica. Substituíram o eixo pedaleiro e lá pude voltar às ruas, mas a coisa não ficou lá muito bem. Volta e meia, a corrente deixava de agarrar, impedindo o uso normal em subidas bem como o arranque em esforço após uma paragem nos semáforos, por exemplo. A modos que lá tive de levar o meu veículo novamente à oficina...

Segundo entendi, a peça que haviam utilizado era alguns milímetros mais comprida, pelo que o prato pedaleiro ficava um pouco deslocado da sua posição normal. Explicaram-me que havia dois tamanhos que usavam frequentemente, este e um outro que era pequeno demais e que não dava neste quadro. Ou seja, é preciso esperar dia após dia por uma peça que, digo eu, devia fazer parte do stock de qualquer oficina especializada em bicicletas.

Começo a pensar que o principal obstáculo ao uso da bicicleta como meio de transporte neste país é o tempo que demora uma simples reparação... Ou, dito de outra forma, preciso de uma bicicleta suplente!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A vida num automóvel

De vez em quando, chega a hora de fazer algum tipo de manutenção na bicicleta e volto a ter a oportunidade de sentir aquilo que tenho andado a perder por não usar o carro na cidade. Que é como quem diz...

Durante mais de um ano, raramente tive de procurar e/ou pagar um estacionamento, raramente precisei de ir a pé quase metade do caminho, raramente tive de ficar preso no trânsito....

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Pedalando em Lisboa e Margem Sul do Tejo: Raquel Guerreiro

Raquel Guerreiro tem 25 anos (mas muita gente lhe pergunta se tem 18), e utiliza diariamente a sua pasteleira ninja em conjunto com os transportes públicos para se deslocar na zona de Lisboa. Vejamos o que tem para nos contar...

Há quanto tempo vais de bicicleta para o trabalho/universidade?
Há cerca de 10 meses mais coisa menos coisa.

Porque decidiste começar a ir de bicicleta?
Há três anos visitei a Dinamarca e fiquei espantada com o modo de vida deles, em particular com o uso da bicicleta. Quando voltei a Portugal não pude implementar aquilo que tinha visto, pois vivia muito longe de onde estudava/trabalhava. No ano passado fui viver para mais perto e assim que tive a vida organizada passei a usar a bicicleta e os transportes públicos.

Que distância percorres nesse percurso? Que tempo demoras?
Faço 6 quilómetros até ao barco do Seixal (entre 15 a 25 minutos, depende da pedalada) e depois menos de um quilómetro entre a estação de comboio da Cruz Quebrada até ao meu destino (o tempo depende dos semáforos, mas nunca mais de 4 ou 5 minutos).

Quais têm sido, no teu caso, as vantagens práticas de utilizar a bicicleta como meio de transporte preferencial?
Tantas! Poupo centenas de euros por mês, ganho saúde, mantenho-me em forma, não poluo, tenho menos stress, tornei-me mais consciente da minha cidade, formei um blog, participo em atividades relacionadas com mobilidade sustentada, conheci imensas pessoas e fiquei muito mais pro-ativa em questões relacionadas com a cidadania e a qualidade de vida em Portugal.

De bicicleta só quando dá sol… ou também quando o tempo é mais agreste?
De bicicleta sempre que posso. Quando o tempo é agreste sou corajosa até certo ponto, o frio, nevoeiro, chuva moderada ou calor intenso nunca me incomodaram, mas quando está muito vento ou muita chuva deixo a bicicleta em casa.

Que tipo de bicicleta tens?
Tenho uma pasteleira, que é excelente para transportar coisas. Costumo dizer que ela é uma pasteleira ninja pois vem equipada com suspensões, pneus mais largos e 6 mudanças para facilitar nas subidas. Uso-a sempre que posso para ir trabalhar e para ir para a faculdade.

Qual o equipamento que usas no teu dia-a-dia de ciclista?
Uso a minha roupa normal e capacete nem vê-lo! Sou uma forte aderente do cyclechic. Na verdade até já reparei que quando vou de bicicleta tenho tendência para me vestir um pouco melhor. Em termos de iluminação pus uma luz na traseira para ser mais visível de noite.

Qual a tua ocupação atual?
Trabalho num laboratório de fisiologia com atletas de alto rendimento e estou a tirar um mestrado em Treino de Alto Rendimento.

O que dizem as pessoas quando lhes contas que vais regularmente de bicicleta para o trabalho/universidade?
Já tive as mais diversas reações. Olhares de pena, comentários engraçadinhos, comentários insultuosos, reações de admiração, espanto e até já convenci umas quantas pessoas a experimentarem. Depende muito de com quem falamos.

Tens alguma peripécia relacionada com o uso da bicicleta, divertida ou interessante, que queiras partilhar?
Muitas! A mais surrealista foi um grupo fotógrafos que me “apanharam” e perguntaram se me podiam fotografar com a minha bicicleta. Eu disse que sim e em plena rua fizemos uma sessão fotográfica. Foi muito engraçado, senti-me uma estrela!

Praticas algum tipo de desporto, para além do teu percurso diário de bicicleta?
Sempre fiz muito desporto e não consigo conceber a minha vida de outro modo. Pratiquei taekwondo durante 13 anos, pelo meio fiz kickboxing, muay-thai, natação, basquete, ténis… Faço algo sempre que posso e gosto de variar.

O que pensas da tua cidade, no que se refere às infraestruturas rodoviárias existentes e à relação com os ciclistas?
As infraestruturas são poucas e muito fraquinhas e a relação com os ciclistas é muito pobre. No entanto tenho que admitir que vejo esforço por parte de certas pessoas e instituições para melhorar este panorama, e pouco a pouco lá se vai conseguindo qualquer coisa.

domingo, 3 de abril de 2011

O assunto polémico dos capacetes para ciclistas

Usar capacete ou não usar - e porquê. À primeira vista, parece ser óbvio que o capacete é uma mais-valia na cabeça de qualquer ciclista, podendo salvar-lhe a vida. Mas, ao contrário do que nos dita o senso comum, a investigação sobre os capacetes de ciclismo é controversa, havendo numerosos estudos que põem em causa a utilidade desses capacetes, sobretudo no contexto do ciclismo utilitário.

Por um lado, uma boa parte dos capacetes são incapazes de proteger eficazmente a cabeça de impactos violentos. Por outro lado, não só contribuem para desencorajar a utilização espontânea da bicicleta, como também tendem a incentivar comportamentos de risco - da parte dos ciclistas e dos automobilistas. Há assim investigadores que defendem que o uso do capacete pode na verdade contribuir para aumentar a probabilidade de ocorrência de acidentes com os ciclistas que os utilizam.

Trata-se de um tema aparentemente insípido, mas que tem despoletado em alguns países discussões bem acesas sobre se o uso do capacete por ciclistas deve ser facultativo ou obrigatório por lei. Em regiões onde o seu uso é obrigatório, o uso da bicicleta tende a diminuir, e os programas de aluguer de bicicletas públicas tendem a fracassar. Afinal, quem é que vai sair à rua com um capacete debaixo do braço, só para a eventualidade de decidir alugar uma bicicleta?...

No site cyclehelmets.org é possível encontrar alguma informação interessante e relevante sobre esta temática.

Porto realiza esta semana um evento oficial Cycle Chic™

“OPORTO CYCLE CHIC, é um evento onde o fato de treino é proibido! dirigido a todos aqueles que a cada momento da sua vivência cosmopolita e social se preocupam não só com a imagem mas também com a saúde.” Tu que és FASHION traz a tua bicicleta e vem pedalar pela marginal do Porto connosco.

O evento Oporto Cycle Chic está agendado para o próximo sábado, dia 9 de abril. O ponto de encontro é o Cubo da Ribeira às 15h30 e o percurso segue daí até à Foz. O convite é extensível a todos quantos desejem participar no encontro, mesmo que não tenham bicicleta. Quem não tiver bicicleta, pode levar uma emprestada ou até mesmo alugar.

sábado, 2 de abril de 2011

Reportagem na RTP sobre o uso da bicicleta no Porto

A RTP transmitiu estes dias no Jornal da Tarde uma reportagem sobre o uso crescente da bicicleta como meio de transporte na cidade do Porto. Como anfitrião principal, aparece o Sérgio Moura, arquiteto de profissão e fotógrafo nas horas vagas, e também ele um convicto ciclista urbano.

País - Cada vez mais pessoas começam a ir de bicicleta para o emprego - RTP Noticias, Vídeo

Voluntários da MUBI ajudam ciclistas menos experientes a pedalar na cidade

A MUBI - Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta acaba de lançar em Lisboa a iniciativa Bike Buddy, com o objetivo de ajudar os ciclistas menos experientes a começar a pedalar na cidade.

O projeto Bike Buddy funciona em regime de voluntariado e conta já com a colaboração de 16 voluntários, todos eles utilizadores habituais da bicicleta como meio de transporte. A ideia consiste em colocar à disposição de cada ciclista um bike buddy, isto é, um utilizador experiente de veículos de duas rodas disponível para ajudar a selecionar os melhores percursos e a acompanhá-lo nas suas primeiras deslocações na cidade.

Espera-se assim ajudar as pessoas a vencer o medo do trânsito automóvel, ensinando as competências necessárias para que os novos ciclistas possam circular com segurança nas ruas de Lisboa.

A iniciativa arrancou ainda esta semana em Lisboa, mas já se fala na possibilidade de a alargar a outras cidades, se for possível reunir voluntários em número suficiente.

É bom ver a comunidade a organizar-se de forma a prestar apoio prático a quem dele precisa. É muito frequente falarmos com pessoas que nos dizem "eu também devia deixar o carro e ir de bicicleta", mas que em última análise têm receio de enfrentar o trânsito automóvel, o cansaço das subidas ou, simplesmente, o desconhecido.

Parabéns à malta da MUBI por esta excelente iniciativa!

Nota: Saiu ontem notícia sobre este projeto no Público.pt e anteontem no Sapo Notícias (via Lusa).

Aveiro promove uso da bicicleta

Ainda não conhecia este vídeo, que encontrei recentemente no Lisbon Cycle Chic. Ainda não é muito frequente vermos em Portugal vídeos desta qualidade a promover a utilização da bicicleta como meio de transporte, por isso é de aplaudir a iniciativa.

Gostava muito de ver um destes dias um vídeo deste tipo produzido por iniciativa da Câmara Municipal de Braga. Seria um sinal evidente de que algumas coisas estariam a mudar para melhor!