quarta-feira, 29 de junho de 2011

Braga ciclável - Do Carandá ao Campus de Gualtar (Univ. Minho)

No âmbito da nossa rubrica intitulada Braga Ciclável, vamos publicando alguns dos percursos utilizados diariamente pelas pessoas que se deslocam de bicicleta na cidade de Braga.

O percurso de hoje é o efetuado pelo leitor Pedro Carvalho, para se deslocar diariamente entre a zona do Carandá e a Universidade do Minho:

Sou estudante na UM e por isso faço o percurso diariamente. Demoro entre 15 minutos (devagar) e 10 minutos (mais apressado) que é o tempo que demorava nos autocarros (43) sem contar com esperar nas paragens, atrasos e falhas de serviço (mto comuns) etc.

Infelizmente não existe nem ciclovia nem vias cicláveis e seguras. Cruzo-me com vários ciclistas, seja a caminho da rodovia seja a caminho da UM. Um corredor ciclável que ligasse o centro aos polos universitários e de desporto (rodovia, piscinas, ciclovia) ao centro é essencial e urgente.

Aqui vai o mapa com os percursos que utilizo em segurança.

Acrescento ainda que é uma pena as margens junto ao rio este estarem tão subaproveitadas.

E ainda parabéns pelo blog e as várias iniciativas como esta!

um abraço ciclista!
Pedro de Carvalho

[Clique aqui para ver o trajeto no Google Maps]

Legenda:

  • Verde: sentido correto de trânsito e ciclável
  • Amarelo: percurso pedestre
  • Vermelho: escadas
  • Azul: caminho alternativo

Diz-nos ainda o Pedro que o percurso assinalado a azul no mapa acima é o seu trajeto preferido: é em terra, mas só tem 2 cruzamentos e pouco trânsito de peões. Neste momento, contudo, está cortado por causa do parque insuflável e das obras junto ao rio.

Obrigado pela dica, Pedro!

A linha azul permite evitar peões e automobilistas, pelo que é fácil perceber o motivo desta preferência por parte do Pedro.

Pessoalmente, gostaria de ver implementado pelas autoridades competentes um percurso com piso ciclável (nota: não vale piso de terra, nem paralelo, nem asfalto esburacado!…), cuja utilização não ficasse limitada a bicicletas de todo-o-terreno. A Av. João XXI / Av. João Paulo II será para tal um excelente ponto de partida: bastaria promover uma ligeira acalmia de trânsito (p.ex. velocidade máxima real de 50Km/h) e implementar uma faixa ciclável, exclusiva ou partilhada apenas com transportes públicos, com linha contínua e sinalização horizontal e vertical.


P.S.: Um destes dias, prometo publicar aqui um artigo dedicado exclusivamente à temática das ciclovias. Num mundo ideal, poderia haver ciclovias em todas as artérias e arteríolas da cidade. Num outro mundo ideal, talvez mais consciente da necessidade de articular eficientemente a relação custo/benefício, as bicicletas poderiam circular lado a lado com os restantes veículos, em segurança, fruto de um Código da Estrada mais protetor, de algumas medidas eficazes de ordenamento de trânsito e de uma mentalidade geral mais evoluída entre os motoristas.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Resultados da mini-sondagem #4

Qual a bagagem que vai sempre consigo na sua bicicleta?



A título de curiosidade, a minha lista atual é habitualmente esta:

  • luzes
  • conjunto de ferramentas
  • bomba de ar
  • luvas
  • cadeado
  • telemóvel
  • chaves e carteira

Mas recentemente, comecei a levar de forma mais ou menos assídua uma garrafa de água que recebi de presente. Apesar de ser uma típica garrafa de água de ciclista, uso-a sobretudo para ter água sempre à mão no escritório e noutros locais aonde me desloco de bicicleta.

Depois de ver os resultados desta sondagem, e tendo já a caminho um novo saco porta-bagagens, estou a considerar seriamente acrescentar uma bolsa de primeiros-socorros e uma toalha. Além disso, é possível que com mais espaço passe a levar com mais frequência alguns dos itens que vou levando de forma ocasional (como é o caso das mudas de roupa, fato impermeável, casaco, óculos de sol, máquina fotográfica, lanche ou almoço). A médio prazo, quero aprender a trocar e remendar a câmara-de-ar de forma autónoma (ah!, uma cicloficina em Braga é que era!…). Nessa altura, passarei talvez a transportar comigo uma câmara-de-ar suplente e um conjunto de remendos…

A todos quantos responderam a esta questão, obrigado pela vossa participação!

6ª Massa Crítica de Braga (edição especial de S. João)

Realizou-se na passada 6ª feira, 24 de junho (dia de S. João), a 6ª Massa Crítica (ou Bicicletada) de Braga, cujo percurso se reproduz abaixo.

O evento contou com a participação de 12 ciclistas, entre os quais me encontrava eu, pela primeira vez. Confesso que cheguei a albergar a ingénua expectativa de uma maior adesão neste mês, por coincidir com o feriado municipal. No entanto, a perspetiva de um excelente dia de sol, aliado a um fim de semana prolongado, convidava também a umas mini-férias que compreensivelmente fizeram dispersar um pouco a população residente.

Depois de alguns momentos de conversa, e definida uma parte do percurso, saímos da Avenida Central pela Rua dos Chãos e seguimos pela Rua de S. Vicente em direção à rotunda de Infias, onde virámos para a Rua de Santa Margarida. O piso de paralelo destas últimas duas ruas é notoriamente desagradável, se não mesmo nocivo para a maior parte das bicicletas. No entanto, com um ritmo suave, lá fomos seguindo descontraidamente em grupo.

Virámos depois à esquerda na Senhora-a-Branca, passámos em frente à Junta de Freguesia de S. Vítor e descemos a Rua da Restauração até à Av. João XXI. Fomos seguindo por essa via, tomando posteriormente a Rua do Caires até à Estação de Braga. Dirigimo-nos então ao Arco da Porta Nova pela Rua Andrade Corvo e percorremos a Rua dos Biscainhos.

A intenção inicial era subir a Rua Dom Frei Caetano Brandão até à Sé de Braga mas, como estava a decorrer nesse momento uma procissão, optámos por contornar a Praça do Município e seguir pela Praça Conde de Agrolongo. Passámos assim pela Rua do Carmo (em frente ao Hotel Ibis) e pela Rua do Carvalhal.

Já na parte final do passeio, avançámos pela Rua de Santo André (parte traseira do centro comercial BragaShopping) em direção à Praça Mouzinho de Albuquerque. Descemos pela Rua de S. Gonçalo (junto ao Externato Paulo VI) e reentrámos na Avenida Central.

Terminámos pois no local de partida, onde um simpático ciclista (que por algum acaso não havia participado na bicicletada) se disponibilizou para nos tirar as fotos finais do evento.

O percurso que fizemos (e que eu por acaso acabei por não medir), terá cerca de 7km, segundo o Google Maps.

A velocidade média terá sido de 10 a 15 km/h, de modo a manter o grupo o mais unido possível. Creio que o conceito de Massa Crítica implica necessariamente que o grupo de ciclistas circule unido numa massa mais ou menos coesa. Isto permite que não haja separações em cruzamentos e semáforos, e aumenta a segurança dos ciclistas ao evitar que os motoristas mais impacientes façam ultrapassagens perigosas. Não foi fácil manter essa coesão no "pelotão", e creio que esse será um dos aspetos a melhorar nas próximas edições.


[Clique aqui para ver o trajeto no Google Maps]

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Fotos da 6ª Massa Crítica de Braga, e o meu comentário pessoal

Já estão disponíveis as primeiras fotos da 6ª Massa Crítica de Braga, que se realizou no dia de S. João, dia 24 de junho.


Foto de grupo, na Avenida Central, antes de iniciar o trajeto da Bicicletada.


Provavelmente o primeiro Bike Salute (ou Bike Lift) alguma vez realizado em Braga.


Aproveitei para decorar a bagageira da minha bicicleta com os cartazes que havia preparado.

O álbum completo (provavelmente ainda em construção) pode ser visualizado nesta página. Ao Meik, aproveito para agradecer a gentileza de ter cedido as suas fotos para publicação on-line. …

Esta foi a primeira vez que pude (finalmente!) participar numa Massa Crítica, e gostei. Tive pena de não haver tempo para um convívio mais alargado, mas foi bom sentir que a cidade é bem mais airosa quando pedalamos calmamente com outros ciclistas.

Costumo já circular diariamente de bicicleta nesta cidade, é certo, mas a companhia de um grupo de ciclistas como este contribui de uma forma extraordinária para manter os carros afastados, tornando o passeio bem mais calmo e prazeroso. As campainhas das bicicletas intercaladas de vez em quando com uma buzina de bicicleta à moda antiga resultavam numa espécie de música a fazer lembrar certos rituais relaxantes de origem oriental…

No regresso a casa, aproveitei para para numa bomba de gasolina, para retificar a pressão dos pneus da bicicleta, mas a coisa não correu como gostaria. Um dos pneus já não estava em bom estado e, após ter ameaçado durante uns 200 ou 300km, deu o seu derradeiro suspiro ali mesmo, à minha frente.

É, pois, altura de substituir pela primeira vez os pneus. Lá regressei o resto do caminho a pé até casa, que era ali perto (não, não foi preciso chamar nenhum reboque :-)

...e para quem não pôde participar nesta edição, convém lembrar que a Massa Crítica é um evento mensal, pelo que a próxima edição deverá acontecer já no dia 29 de julho (é sempre na última 6ª feira de cada mês). A Massa Crítica de Braga tem uma página no Facebook, que pode ser útil para obter informações sobre estes eventos.

Vídeo: Reportagem na SIC sobre a 1ª World Naked Bike Ride em Lisboa

É já este domingo que se realiza em Lisboa a 1ª edição nacional da World Naked Bike Ride. Este evento, que estava inicialmente agendado para o passado dia 5, foi entretanto adiado para não coincidir com a data das recentes eleições.

A SIC emitiu ontem uma reportagem divulgando este evento, a qual pode ser vista no vídeo abaixo.

O objetivo da WNBR é fazer um protesto pacífico, criativo e divertido contra a dependência do petróleo e a cultura do automóvel, ou a celebração da bicicleta e da individualidade do corpo humano. A nudez durante este evento simboliza a relativa vulnerabilidade do ciclista no trânsito.

A World Naked Bike Ride é um passeio de bicicleta internacional, em que as roupas são opcionais. Os participantes circulam em massa em meios de transporte de propulsão humana, como bicicletas, skates ou patins, com o objetivo de promover o ideal de um mundo mais limpo, mais seguro e mais positivo acerca do corpo humano.

A primeira Naked Bike Ride teve lugar em Saragoça, Espanha, em 2001. Dois anos mais tarde, Conrad Schmidt concebeu a World Naked Bike Ride depois de ter organizado outros eventos parecidos. O movimento começou a ganhar dimensão, de tal forma que em 2010, realizou-se já em 17 países, num total de 74 cidades, dos EUA ao Reino Unido, da Hungria ao Paraguai.

A partida da primeira World Naked Bike Ride portuguesa será do Parque Eduardo VII, em Lisboa. O lema é "pedala o mais nu que conseguires", ou seja, os participantes até podem ir vestidos, se assim preferirem. O pelotão irá então pedalar nu ou com a menor roupa possível, desde o Parque Eduardo VII até à torre de Belém.

Mais informações sobre este evento em Lisboa, no blog do projeto:

worldnakedbikeridelisboa.blogspot.com

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Cartazes de apoio ao uso da bicicleta

Acabamos de disponibilizar para download grátis, na secção Úteis, dois cartazes prontos a imprimir, para os poder levar consigo quando participar num evento com a sua bicicleta. Se vai à Massa Crítica (Bicicletada), à World Naked Bike Ride, ou a algum outro evento de apoio ao uso da bicicleta enquanto meio de transporte, leve consigo gratuitamente um destes e faça passar a mensagem…

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Bicicletada de S. João, em Braga e não só

Tal como já vem sendo habitual, na última sexta-feira do mês - que desta vez calha amanhã, dia de S. João - realiza-se em várias cidades portuguesas e estrangeiras a Massa Crítica, ou Bicicletada. De norte a sul, e em diferentes continentes, os ciclistas urbanos (habituais ou esporádicos) unem-se para partilhar e celebrar a mobilidade sustentável. É uma oportunidade para partilhar experiências, divulgar a bicicleta enquanto meio de transporte útil e sensibilizar a população.

Em Braga, o ponto de encontro escolhido é o chafariz da Arcada (Av. Central, a partir das 18h30). Se estiver por perto de Braga, já sabe: pegue na sua bicicleta e venha para a rua celebrar a mobilidade sustentável!

Mais informações sobre este evento mensal estão disponíveis, como habitualmente, na página da Massa Crítica Braga, no Facebook, ou no site da Massa Crítica - Portugal.

Trata-se da 6ª edição da Bicicletada em Braga. E, se nada me impedir, espero finalmente poder participar pela primeira vez, esta sexta-feira. Vemo-nos por lá :-)

terça-feira, 21 de junho de 2011

Mini-sondagem #4: Qual a bagagem que vai sempre consigo na sua bicicleta?

Quer utilize uma bicicleta com cesto, grelha ou alforges, ou use simplesmente uma bolsa ou mochila, certamente haverá alguma bagagem que não dispensa na maioria das suas pedaladas. A pergunta que hoje colocamos aos leitores deste blog é precisamente qual é a bagagem que os costuma acompanhar na bicicleta.

Esta mini-sondagem inclui, como habitualmente, algumas respostas predefinidas, mas é possível neste caso adicionar respostas personalizadas, se tal for necessário.

Participem!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Braga ciclável: Da Estação até ao complexo industrial da Grundig

Por cortesia do Miguel Barbot, a quem agradecemos a amabilidade de nos ter indicado a pertinência deste artigo no blog Um Pé no Porto Outro no Pedal, apresentamos hoje o percurso do Vítor Silva, que se desloca diariamente de comboio e bicicleta entre o Porto e Braga.

Em Braga o percurso também é relativamente curto entre a estação e a empresa onde trabalho. Saio na Estação, subo a Rua dos Caires (um nome com muito potencial para piadas ciclísticas) até à igreja de Maximinos. Este bocado é a subir ligeiramente e em asfalto.

Depois entro pela Rua Peão da Meia Laranja e Rua Felicíssimo Campo (não, não estou a inventar estes nomes) até á rotunda com a Rua Cidade do Porto. A empresa onde trabalho fica a 50 metros daí. Este último bocado é em paralelo e a descer o que é excelente para relaxar e não ter que chegar ao trabalho ofegante.

À vinda para casa, o percurso em Braga é igual, mas mais cansativo porque sobe mais do que desce e porque o stress de conseguir apanhar o comboio obriga a esquecer qualquer cuidado para não começar a transpirar.

(O texto completo, que inclui o trajeto de bicicleta efetuado na cidade do Porto pode ser encontrado nesta página. Ao Vítor Silva e ao Miguel Barbot, agradecemos a dica.)

[Clique aqui para ver o trajeto no Google Maps]

Apesar de este ser um percurso relativamente curto, nem sempre é muito amigável para ciclistas. A existência de ruas e rotundas com várias faixas, o facto de se tratar de uma zona de alto tráfego automóvel e alguns pequenos ou grandes equívocos de ordenamento urbanístico tornam até certo ponto preferível um trajeto alternativo. A solução encontrada pelo Vítor Silva (através da Rua Peão da Meia Laranja) foge ao trânsito e, provavelmente, apresenta um desnível mais suave no regresso à Estação. A única desvantagem parece ser mesmo o piso em paralelo...

A título de sugestão, para quem chega a Braga de comboio e quer dirigir-se ao complexo industrial da Grundig, deixo à consideração um outro trajeto, indicado a verde no mapa acima, que implica sair mais cedo do comboio, no apeadeiro de Ferreiros (se o comboio parar em todos os apeadeiros). Esta é uma zona com pouca inclinação, que se faz bem de bicicleta em ambos os sentidos. Este trajeto faz sentido quando vimos num daqueles comboios que param em todas...

A combinação Comboio+Bicicleta é sem dúvida a que apresenta uma melhor relação em termos de custo versus tempo de viagem. Há uns meses, fiz também eu a experiência de uma viagem Braga-Porto-Braga, comparando o custo da várias opções de transporte e calculando a poupança resultante de usar comboio e bicicleta. Pode ser visto aqui.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Dicas para começar a usar a bicicleta como meio de transporte - Parte 1: Escolher uma bicicleta

Este é o primeiro de uma série de artigos dedicados a quem quer começar a utilizar a bicicleta como meio de transporte e ainda não sabe muito bem por onde começar. Tentaremos abordar diversos temas, desde a escolha da bicicleta à aprendizagem de um estilo de condução adequado.

1. Arranje uma bicicleta!

Não tem que ser um modelo topo de gama, mas convém que tenha o tamanho certo para si e que esteja devidamente afinada. De um modo geral, as bicicletas mais caras destinam-se à prática desportiva de alta competição: têm algumas características técnicas que podem até nem ser úteis ao utilizador comum e geralmente não dispõem dos acessórios mais voltados para o ciclismo utilitário. Além disso, uma bicicleta demasiado dispendiosa pode tornar-se também particularmente atraente para os ladrões.

Evite no entanto as "bicicletas de supermercado". Há bicicletas que são tão baratas que pura e simplesmente não são seguras ou fiáveis para quem vai fazer delas o seu meio de transporte. O barato pode sair caro e até causar alguns acidentes perigosos. Às vezes, pode ser melhor negócio uma bicicleta usada que se encontre em bom estado. Quem sabe, talvez algum familiar ou amigo tenha uma bicicleta que já não usa, encostada no fundo da garagem...

Se vai comprar uma bicicleta nova, saiba que há modelos concebidos especificamente para uso como meio de transporte urbano que, para além de serem confortáveis, incluem de série alguns acessórios indispensáveis: luzes, refletores, campainha, guarda-lamas, grelha bagageira. Pode ficar mais em conta um destes modelos do que comprar individualmente cada um desses acessórios para equipar uma bicicleta concebida para uso desportivo ou recreacional.

Para quem precisa de combinar frequentemente o uso da bicicleta com o carro ou os transportes públicos, uma bicicleta dobrável pode ser particularmente prática. Ocupa pouco espaço e tem também a vantagem de poder entrar consigo na maior parte dos locais onde for, diminuindo a probabilidade de roubo.

(continua...)

terça-feira, 7 de junho de 2011

Vídeo: Reportagem na RTP sobre o uso diário da bicicleta em Lisboa

...onde entre outras coisas interessantes se fala da MUBi, dos Bike Buddies, e da Camisola Amarela.

Braga ciclável - Do Campus de Gualtar (Univ. Minho) até ao centro da cidade

Há dias, inaugurámos neste espaço uma nova rubrica intitulada "Braga ciclável", onde serão publicados alguns dos percursos utilizados diariamente pelas pessoas que se deslocam de bicicleta na cidade de Braga.

O leitor Miguel Borges aceitou o desafio e partilhou connosco a rota que utiliza regularmente para se deslocar da zona de Gualtar (Universidade do Minho, Hotel Meliã...) para o centro da cidade:

Costumo fazer a ligação Gualtar-Centro com o seguinte percurso "expresso":

Av. João Paulo II desde o McDonalds até aos semáforos da 31 de Janeiro. Depois, subo a 31 de Janeiro pela faixa da esquerda; No topo da 31 de Janeiro faço o mesmo que tu, meto-me no interior prazenteiro da avenida central.

Devo dizer-te que este percurso se faz com tranquilidade (apesar da velocidade dos veículos na JPII, o facto de haverem 3 faixas deixa a faixa da direita com margem para seguir confiante) e exige apenas um pouco de destreza na rotunda J.P.II/Julio fragata. Caso neste ponto falte coragem, é desmontar e fazer as passadeiras :)

[Clique aqui para ver o trajecto no Google Maps]

Trata-se, efetivamente, de um percurso fácil de memorizar e de executar de bicicleta. O piso é bom, há bastante espaço para partilhar com os restantes veículos, há poucas curvas e boa visibilidade, o que nos permite chegar rapidamente até ao centro de Braga, sem grandes dificuldades. Na Av. 31 de Janeiro, há uma pequena inclinação, mas é tão ligeira que quase nem se nota.

Em poucos minutos, conseguimos ir sem esforço desde a zona da Universidade do Minho até ao Teatro Circo, à Loja do Cidadão ou a uma das muitas esplanadas no centro da cidade.

Obrigado pela dica, Miguel!

domingo, 5 de junho de 2011

Resultados da mini-sondagem #3

Braga ciclável - Do BragaParque até ao centro da cidade e à Sé de Braga

Depois de ter conhecido há dias a excelente iniciativa do Miguel Barbot, no seu blog Um pé no Porto e outro no pedal, de mapear os percursos cicláveis da cidade do Porto a partir dos relatos dos próprios ciclistas, apercebi-me que essa era também uma necessidade por estes lados. Decidi, por isso, tentar fazer algo do género para a cidade de Braga.

Já nem me lembrava eu que, há pouco mais de um ano, essa havia sido precisamente uma das minhas principais dúvidas - quais os melhores percursos para ir de um ponto a outro na cidade de Braga, em bicicleta. Na falta de um mapa de percursos cicláveis, acabou por ser um processo de aprendizagem por tentativa e erro, auxiliado de quando em vez pelos serviços de mapas on-line.

Então, aqui vai o primeiro desses mapas.

[Clique aqui para ver o trajecto no Google Maps]

Nas minhas deslocações para o trabalho e para mais uma série de pequenas coisas, tenho necessidade de ir diariamente desde a Av. Antero de Quental (junto ao BragaParque) até ao centro de Braga. Como se sabe, em Braga não há ciclovias, e, na verdade, até não são assim tão necessárias quanto isso. Há, isso sim, uma enorme necessidade de vias cicláveis, que é um conceito bem diferente, potencialmente mais útil e bem menos dispendioso.

A rota assinalada no mapa abaixo a azul representa o percurso que faço atualmente de bicicleta num dia normal. A verde, indico uma alternativa um pouco mais legal, mas com alguns inconvenientes. Durante algum tempo, usei este percurso alternativo como forma de evitar circular ilegalmente em ruas que têm um dos sentidos reservado aos transportes públicos. No entanto, como obrigava a sucessivas paragens em cruzamentos, subidas desnecessárias e utilização de uma rua com piso irregular (calceta), acabei por passar a efetuar quase sempre o trajeto pela Rua D. Pedro V (a azul).

Este é talvez o percurso mais confortável em termos de qualidade do piso e níveis de inclinação, para quem se desloca de bicicleta entre a zona do BragaParque e e o Centro. É também um percurso com pouca circulação automóvel (à excepção do ponto negro que refiro abaixo). Os motoristas dos transportes públicos têm sido impecáveis, e a maior parte dos automobilistas também. Ocasionalmente, há um ou outro automobilista ou condutor de trator agrícola que é menos compreensivo, mas felizmente são uma pequena minoria.

A Avenida Pe. Júlio Fragata (parte desta espécie de auto-estrada situada em torno do centro da cidade de Braga) é sem dúvida o ponto negro deste percurso: apesar de ter um piso excelente para qualquer veículo, as velocidades excessivas dos veículos motorizados tornam este trecho um tanto ou quando arriscado para quem circula de bicicleta, a velocidades consideravelmente mais baixas. Por outro lado, a sinalização horizontal obriga os veículos (bicicletas incluídas) a mudar de faixa antes do entroncamento da R. Dom António Bento Martins Junior. Isto obriga o ciclista a meter-se no meio de automóveis e camiões que não esperam cruzar-se com velocípedes, apesar de, à partida, não existir nenhum impedimento legal à circulação das bicicletas nesta via.

Quanto ao trecho entre a Rua D. Pedro V e a Rua de S. Victor, em termos estritos, o trânsito neste sentido está reservado apenas aos transportes públicos. No entanto, as bicicletas conseguem circular com facilidade, exceto quando há carros estacionados em segunda fila ou em contramão. Seria ótimo se a Câmara Municipal de Braga criasse aqui um corredor BUS+Bici!

Ao chegar ao início da Av. Central, o percurso prevê a saída da bicicleta da via principal (que tem um desagradável piso calcetado) para uma rua paralela que está geralmente reservada ao trânsito pedonal e a veículos de moradores. Uma vez mais, na ausência de uma via ciclável com piso decente até junto à Arcada, creio que seria boa ideia abrir este percurso e o próprio centro histórico à circulação de bicicletas, com a devida sinalização e regulamentação.

O mapa pode ser visto em mais detalhe nesta página.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Mini-sondagem #3: As políticas de mobilidade sustentável e ciclabilidade dos partidos políticos são um fator decisivo na sua intenção de voto?

No próximo domingo, dia 5 de junho, teremos eleições legislativas, das quais sairão um novo governo e uma nova distribuição de deputados na Assembleia da República. Os debates e as campanhas políticas nem sempre são tão esclarecedores quanto deles se esperaria. E o mesmo se poderia talvez dizer dos próprios programas eleitorais propostos pelos diversos partidos.

Foi talvez por esse motivo que a FPCUB decidiu consultar os partidos políticos com representação parlamentar relativamente à sua abordagem em matéria de Mobilidade Sustentável e Ciclabilidade. A informação (e a falta dela, em alguns casos) pode ser consultada aqui.

A este propósito, lançamos aos nossos leitores uma nova questão. Queremos, pois, saber se esta temática é para si de importância central. Isto é, se as políticas de mobilidade sustentável e ciclabilidade dos partidos políticos são um fator decisivo na sua intenção de voto, nestas eleições?

Resultados da mini-sondagem #2

Massa Crítica de maio em Lisboa reuniu mais de uma centena de ciclistas urbanos

Referia, ainda estes dias, que maio foi um mês de eventos relacionados com a bicicultura e a mobilidade sustentável. A Massa Crítica de maio terá contado em Lisboa com cerca de 140 participantes. Um número que é tão impressionante como inspiradoras são as fotos desse evento. A maior parte dos participantes fizeram-se deslocar de bicicleta, mas houve quem escolhesse outras formas de transporte também não-poluentes, como ir a pé (porque não?) ou de patins.

A seleção de fotos abaixo foi gentilmente cedida pelo autor, Alexandre Páris. Mas vale a pena percorrer a extensa galeria que ele publicou nesta página.