No âmbito da nossa rubrica intitulada Braga Ciclável, vamos publicando alguns dos percursos utilizados diariamente pelas pessoas que se deslocam de bicicleta na cidade de Braga.
O percurso de hoje é o efetuado pelo leitor Pedro Carvalho, para se deslocar diariamente entre a zona do Carandá e a Universidade do Minho:
Sou estudante na UM e por isso faço o percurso diariamente. Demoro
entre 15 minutos (devagar) e 10 minutos (mais apressado) que é o
tempo que demorava nos autocarros (43) sem contar com esperar nas
paragens, atrasos e falhas de serviço (mto comuns) etc.
Infelizmente não existe nem ciclovia nem vias cicláveis e seguras.
Cruzo-me com vários ciclistas, seja a caminho da rodovia seja a
caminho da UM. Um corredor ciclável que ligasse o centro aos polos
universitários e de desporto (rodovia, piscinas, ciclovia) ao centro
é essencial e urgente.
Aqui vai o mapa com os percursos que utilizo em segurança.
Acrescento ainda que é uma pena as margens junto ao rio este estarem
tão subaproveitadas.
E ainda parabéns pelo blog e as várias iniciativas como esta!
um abraço ciclista!
Pedro de Carvalho
[Clique aqui para ver o trajeto no Google Maps]
Legenda:
- Verde: sentido correto de trânsito e ciclável
- Amarelo: percurso pedestre
- Vermelho: escadas
- Azul: caminho alternativo
Diz-nos ainda o Pedro que o percurso assinalado a azul no mapa acima é o seu trajeto preferido: é em terra, mas só tem 2 cruzamentos e pouco trânsito de peões. Neste momento, contudo, está cortado por causa do parque insuflável e das obras junto ao rio.
Obrigado pela dica, Pedro!
A linha azul permite evitar peões e automobilistas, pelo que é fácil perceber o motivo desta preferência por parte do Pedro.
Pessoalmente, gostaria de ver implementado pelas autoridades competentes um percurso com piso ciclável (nota: não vale piso de terra, nem paralelo, nem asfalto esburacado!…), cuja utilização não ficasse limitada a bicicletas de todo-o-terreno. A Av. João XXI / Av. João Paulo II será para tal um excelente ponto de partida: bastaria promover uma ligeira acalmia de trânsito (p.ex. velocidade máxima real de 50Km/h) e implementar uma faixa ciclável, exclusiva ou partilhada apenas com transportes públicos, com linha contínua e sinalização horizontal e vertical.
P.S.: Um destes dias, prometo publicar aqui um artigo dedicado exclusivamente à temática das ciclovias. Num mundo ideal, poderia haver ciclovias em todas as artérias e arteríolas da cidade. Num outro mundo ideal, talvez mais consciente da necessidade de articular eficientemente a relação custo/benefício, as bicicletas poderiam circular lado a lado com os restantes veículos, em segurança, fruto de um Código da Estrada mais protetor, de algumas medidas eficazes de ordenamento de trânsito e de uma mentalidade geral mais evoluída entre os motoristas.
O evento contou com a participação de 12 ciclistas, entre os quais me encontrava eu, pela primeira vez. Confesso que cheguei a albergar a ingénua expectativa de uma maior adesão neste mês, por coincidir com o feriado municipal. No entanto, a perspetiva de um excelente dia de sol, aliado a um fim de semana prolongado, convidava também a umas mini-férias que compreensivelmente fizeram dispersar um pouco a população residente.
Virámos depois à esquerda na Senhora-a-Branca, passámos em frente à Junta de Freguesia de S. Vítor e descemos a Rua da Restauração até à Av. João XXI. Fomos seguindo por essa via, tomando posteriormente a Rua do Caires até à Estação de Braga. Dirigimo-nos então ao Arco da Porta Nova pela Rua Andrade Corvo e percorremos a Rua dos Biscainhos.
Já na parte final do passeio, avançámos pela Rua de Santo André (parte traseira do centro comercial BragaShopping) em direção à Praça Mouzinho de Albuquerque. Descemos pela Rua de S. Gonçalo (junto ao Externato Paulo VI) e reentrámos na Avenida Central.


Tal como já vem sendo habitual, na última sexta-feira do mês - que desta vez calha amanhã, dia de S. João - realiza-se em várias cidades portuguesas e estrangeiras a Massa Crítica, ou Bicicletada. De norte a sul, e em diferentes continentes, os ciclistas urbanos (habituais ou esporádicos) unem-se para partilhar e celebrar a mobilidade sustentável. É uma oportunidade para partilhar experiências, divulgar a bicicleta enquanto meio de transporte útil e sensibilizar a população.


