Podia ser esta a primeira frase deste artigo, se em vez de ir trabalhar a cada dia tivesse partido de bicicleta há um ano e meio em direção ao oriente e percorresse a distância que por cá fui pedalando entretanto.
Foi há cerca de 1 ano e meio que comprei a minha primeira bicicleta e comecei a ir nela para o trabalho, todos os dias. O conta-quilómetros (ou conta-voltinhas, como alguém simpaticamente o chamava um destes dias) marca agora 3977Km. Antes do final desta semana, irá passar a marca dos 4 mil quilómetros percorridos.
É um número que não te importância nenhuma, afinal de contas. Mas ainda assim, é bom olhar para trás ver que fomos capazes de escolher uma opção mais ecológica e económica, contra aquela que é ainda a visão e a prática da maioria, e tornar essa prática a nossa rotina diária normal. Ao longo deste tempo, o carro passou a ter a utilização que lhe é própria, ou seja, só é usado quando tal é mesmo necessário.
Como qualquer mudança na vida, foi preciso alguma aprendizagem e alguma persistência. Mas vale bem a pena! Sentir o vento fresco na cara (ou mesmo a chuva, quando a há) é uma experiência que não tem preço: faz-nos sentir vivos e mais próximos da cidade que nos rodeia. A cidade passa a ser de certa forma o nosso quintal, a nossa vizinhança, como se deixasse de existir uma fronteira invisível entre nós e o mundo.
Há muitos bons motivos para escolher a bicicleta como meio de transporte. Mas, independentemente de quais sejam, é sempre apenas o início de uma transformação ainda maior, cujas vantagens vamos conhecendo e colhendo ao longo do tempo…
Sem comentários:
Enviar um comentário