No próximo domingo, dia 5 de junho, teremos eleições legislativas, das quais sairão um novo governo e uma nova distribuição de deputados na Assembleia da República. Os debates e as campanhas políticas nem sempre são tão esclarecedores quanto deles se esperaria. E o mesmo se poderia talvez dizer dos próprios programas eleitorais propostos pelos diversos partidos.
Foi talvez por esse motivo que a FPCUB decidiu consultar os partidos políticos com representação parlamentar relativamente à sua abordagem em matéria de Mobilidade Sustentável e Ciclabilidade. A informação (e a falta dela, em alguns casos) pode ser consultada aqui.
A este propósito, lançamos aos nossos leitores uma nova questão. Queremos, pois, saber se esta temática é para si de importância central. Isto é, se as políticas de mobilidade sustentável e ciclabilidade dos partidos políticos são um fator decisivo na sua intenção de voto, nestas eleições?
2 comentários:
Caro Victor,
Respondendo à sondagem, esta tua pergunta tem mais a ver com expectativas do que propriamente com a realidade. A ciclabilidade é um tema que não está na agenda, nem há-de estar tão cedo. Os britânicos queixam-se dos problemas com a viabilidade do transporte em bicicleta, no entanto, existe uma política, ainda que insuficiente, para a mobilidade em bicicleta.
Nós por cá, podemos fazer da questão um cavalo de batalha, mas não creio que essa possa ser uma questão decisiva. Nenhum dos programas, pelo menos nos excertos seleccionados pela FPCUB, tem sequer a palavra bicicleta. Há um que se aproxima que refere "meios de transporte suaves". Mas mais do que isso ninguém diz. Por isso, dificilmente acho que alguém decidirá o sentido do seu voto por esta temática.
Um abraço.
Pois... esta é uma daquelas questões que pelo menos por agora parecem interessar apenas a uma pequena minoria. E se há coisa de que os partidos com assento parlamentar gostam é de apelar a maiorias, ou pelo menos, a "minorias" bastante numerosas.
A questão da mobilidade sustentável, intimamente associada à qualidade de vida no meio urbano, é evidentemente apenas uma das muitas questões pertinentes da actualidade. Mas certamente que não é prioritária para a maioria dos cidadãos. E é pena que assim seja. É mau sinal. Significa talvez que vivemos num tempo em que temos coisas mais importantes com que nos preocupar do que com o bem-estar e a qualidade de vida dos cidadãos.
Pode ser que as coisas melhores ao longo dos próximos anos. A ver vamos :-)
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