sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Da bicicleta e de outras pedaladas minhas…

Pois é… ultimamente tenho vindo a publicar de forma mais espaçada neste blog, mas continuo a pedalar diariamente e a redescobrir as vantagens deste meio de transporte.

Ainda esta semana, num dia de chuva forte e vento intenso, dei por mim cá em Braga a circular alegremente (dentro de um impermeável, claro!) ultrapassando filas e filas e filas de carros parados por causa das inundações e, talvez, dos acidentes.

Era um daqueles dias em que poucos se atreveriam a sair à rua de bicicleta, mas acabou por tornar-se uma benção. O trânsito em Braga estava caótico (algo que não é nada habitual por cá) e a bicicleta era o meio de transporte ideal nessas condições. Felizmente, filas de carros parados como aquelas não são obstáculo para um ciclista. Cheguei rapidamente a casa, sem stress e, graças ao impermeável e aos guarda-lamas, com a roupa e o corpo perfeitamente secos.

Outras pedaladas minhas…

Um dos motivos que me têm afastado um pouco da escrita neste espaço é um outro projeto pessoal em que estou envolvido neste momento. Estou a tratar da reedição dos meus trabalhos literários em formato digital, e isso tem obrigado a bastante trabalho.

Os curiosos poderão começar por visitar o meu novo "site oficial", onde irei dando notícia dos livros que vou publicando:

www.victordomingos.com

Esta semana, consegui finalmente lançar um pequeno livro de ficção na Apple iBookstore (para iPad, iPhone e iPod touch), na Smashwords (edição multiformato) e na Amazon Kindle Store (claro está, para dispositivos e aplicações Kindle). A obra chama-se "As Confissões de Dulce" e é uma abordagem alternativa à personalidade de uma das primeiras rainhas de Portugal. Não é um livro muito extenso, pelo que pode ser uma excelente leitura até através de um simples smartphone. Mais informação sobre este tema, nesta página. A quem interessar, por favor escolha a loja preferida e compre o livro (custa menos que meia dúzia de ovos Kinder, e ainda por cima não faz engordar). Desde já, agradeço :-)

 

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domingo, 16 de outubro de 2011

Sobre a necessidade de ciclovias

Sempre que se fala de promoção do uso da bicicleta na cidade, discute-se a necessidade de ciclovias. Não sou nenhum perito em urbanismo ou em ordenamento de trânsito mas, enquanto cidadão e utente das ruas e da bicicleta, tenho algumas humildes opiniões sobre o assunto. Acrescente-se a isto que a minha experiência e as minhas sugestões mais específicas referem-se quase sempre à cidade de Braga, onde resido atualmente e onde vou votar em todas as eleições (leram bem isto, senhores governantes?).

As ciclovias, se forem bem pensadas e bem implementadas no contexto de uma rede de vias cicláveis (ou seja, o conjunto dos diferentes tipos de vias onde circularão as bicicletas na cidade e arredores), podem ser uma peça importante na criação de condições para uma maior utilização da bicicleta nesta cidade.

Devem ligar de forma lógica e integrada, e bidireccionalmente, todos os pontos principais da cidade, incluindo as estações terminais de transportes públicos, zonas e centros comerciais, polos empresariais ou industriais, zonas habitacionais, áreas de lazer e de desporto, escolas e universidades.

Na concepção de vias cicláveis segregadas (ciclovias, ciclofaixas…), deve evitar-se alguns erros infelizmente muito comuns. Por exemplo: roubar espaço aos peões para criar ciclovias, manter zonas de perigo junto à faixa de rodagem reservada a ciclistas (como lugares de estacionamento sem separador nem distância de segurança) ou permitir ou facilitar a circulação de peões ou de veículos motorizados. Outro erro comum que deve ser evitado é a atribuição de uma largura insuficiente, que impede o cruzamento (nas vias de dois sentidos) ou a ultrapassagem por outros ciclistas, em condições de segurança. É particularmente delicada nestas infra-estruturas a intersecção entre vias, pelo que deve ser dada a devida atenção à cuidadosa planificação de entroncamentos, cruzamentos e rotundas. Mau exemplo de como se implementa uma ciclovia, no Porto

Não creio que todas as vias cicláveis tenham de ser necessariamente ciclovias, mas em alguns casos essa é a melhor opção. O importante é que a cidade seja repensada globalmente em função da desejada mobilidade sustentável e seja criada uma rede de vias cicláveis - um mapa da cidade que possa ser proposto aos cidadãos que já usam ou que desejam começar a utilizar de forma regular a bicicleta como meio de transporte.

Mas há mais medidas que fazem falta... Por exemplo:

  • Estacionamentos para bicicletas em quantidade adequada, em locais próprios e com um design funcional.
  • Criação de corredores Bici+Bus (ou eventualmente, Bici+Bus+Moto) em ruas que actualmente têm sentido único apenas para transportes públicos. Um exemplo paradigmático é a Rua D. Pedro V, onde esta medida deveria ser acompanhada, na minha opinião, por uma fiscalização mais assídua do estacionamento ilegal e eventual redução das áreas reservadas a estacionamento automóvel.
  • Promoção da intermodalidade(p.ex., comboio + Bicicleta), assegurando as condições necessárias ao transporte de bicicletas nos comboios entre Braga e outras cidades, e divulgando amplamente essa opção económica e ecológica junto dos estudantes universitários e dos trabalhadores que fazem diariamente essa viagem.
  • Acalmia de tráfego, isto é, a redução da velocidade máxima em certas vias, e a devida fiscalização. Ainda há dias, na vizinha Espanha, vi agentes da autoridade a fiscalizarem uma "zona 30" com radar de segurança. Aqui além de praticamente ainda não existirem zonas 30, pura e simplesmente não existe fiscalização e quase ninguém cumpre os limites de velocidade dentro das localidades.
  • Criação de mais zonas amplas para os cidadãos: retirar espaço aos carros e devolvê-lo prioritariamente a peões, regulando devidamente o seu uso por parte de veículos. Em algumas cidades, existem ruas em que as crianças podem brincar em segurança: os carros e demais veículos são obrigados a respeitar os peões reduzindo a velocidade e dando-lhes sempre prioridade. Em Barcelona, as bicicletas podem usar determinados passeios, mas reduzindo a sua velocidade máxima para 15km/h para evitar acidentes com peões.

Seria interessante e muito útil que algum académico realizasse um estudo com rigor científico, no que se refere à questão da mobilidade sustentável em Braga. Talvez algo do género do que fez o Eng. Paulo Guerra Dos Santos na cidade de Lisboa. Uma análise sistematizada das vantagens de cada meio de transporte, e mesmo da intermodalidade, em diferentes cenários; dos obstáculos actualmente existentes a uma mobilidade mais sustentável e promotora de uma maior qualidade de vida para os cidadãos; e ainda das soluções mais indicadas, numa lógica de conjunto, para esta cidade.

Será que já algum dia alguém da Universidade do Minho elaborou alguma tese sobre estes assuntos?

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

4000km a pedalar: "Fui de Portugal até à Ucrânia de Bicicleta"

4 mil quilómetros de bicicleta

Podia ser esta a primeira frase deste artigo, se em vez de ir trabalhar a cada dia tivesse partido de bicicleta há um ano e meio em direção ao oriente e percorresse a distância que por cá fui pedalando entretanto.

Foi há cerca de 1 ano e meio que comprei a minha primeira bicicleta e comecei a ir nela para o trabalho, todos os dias. O conta-quilómetros (ou conta-voltinhas, como alguém simpaticamente o chamava um destes dias) marca agora 3977Km. Antes do final desta semana, irá passar a marca dos 4 mil quilómetros percorridos.

É um número que não te importância nenhuma, afinal de contas. Mas ainda assim, é bom olhar para trás ver que fomos capazes de escolher uma opção mais ecológica e económica, contra aquela que é ainda a visão e a prática da maioria, e tornar essa prática a nossa rotina diária normal. Ao longo deste tempo, o carro passou a ter a utilização que lhe é própria, ou seja, só é usado quando tal é mesmo necessário.

Como qualquer mudança na vida, foi preciso alguma aprendizagem e alguma persistência. Mas vale bem a pena! Sentir o vento fresco na cara (ou mesmo a chuva, quando a há) é uma experiência que não tem preço: faz-nos sentir vivos e mais próximos da cidade que nos rodeia. A cidade passa a ser de certa forma o nosso quintal, a nossa vizinhança, como se deixasse de existir uma fronteira invisível entre nós e o mundo.

Há muitos bons motivos para escolher a bicicleta como meio de transporte. Mas, independentemente de quais sejam, é sempre apenas o início de uma transformação ainda maior, cujas vantagens vamos conhecendo e colhendo ao longo do tempo…

sábado, 1 de outubro de 2011

Um pequeno teste técnico...

Este artigo é um pequeno teste necessário à verificação do correto funcionamento técnico do blog. Queiram por favor desculpar a maçada, e muito obrigado pela vossa compreensão.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

9ª Massa Crítica em Braga

Tal como já vem sendo habitual, na última sexta-feira do mês realiza-se em várias cidades portuguesas e estrangeiras a Massa Crítica, ou Bicicletada. De norte a sul, e em diferentes continentes, os ciclistas urbanos (habituais ou esporádicos) unem-se para partilhar e celebrar a mobilidade sustentável. É uma oportunidade para partilhar experiências, divulgar a bicicleta enquanto meio de transporte útil e sensibilizar a população.

Em Braga, o ponto de encontro escolhido é o chafariz da Arcada (Av. Central, a partir das 18h30). Se estiver por perto de Braga, já sabe: pegue na sua bicicleta e venha para a rua celebrar a mobilidade sustentável!

Mais informações sobre este evento mensal estão disponíveis, como habitualmente, na página da Massa Crítica Braga, no Facebook, ou no site da Massa Crítica - Portugal.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Ah!… e mais um vídeo!

Bem… estava mesmo a fechar o tasco por hoje, quando me entrou mais este vídeo porta adentro. Na RTP, foram entrevistados dois voluntários do projeto Bike Buddy, também eles utilizadores assíduos da bicicleta como meio de transporte no seu dia-a-dia. Mais bons exemplos a seguir.

Afinal, não foi mesmo um dia perdido, e parece que muita coisa se passou por esse país fora, em matéria de promoção da mobilidade sustentável. Eu é que estava atento a outras coisas :-)

No Dia Mundial Sem Carros… (vídeo)

…seria de esperar um cenário idílico, sem carros, com muita gente a circular a pé ou de bicicleta, ou mesmo de transportes públicos. Seria de esperar um dia muito diferente. Mas nem por isso. Em Braga, pelo menos, foi praticamente um dia igual a tantos outros. Estranho, não é?

Felizmente, para animar um pouquinho o que restava do meu dia, tropecei algures neste vídeo inspirador. Uma pessoa normal, como tantas outras afinal, para quem todos os dias podem ser verdadeiramente, e simplesmente, Dias Mundiais Sem Carros. Porque não?

O presidente da Câmara Municipal da Murtosa é ele mesmo um utilizador habitual da bicicleta como meio de transporte, e tem também promovido a opção por este meio de transporte junto da instituição a que preside. Um verdadeiro exemplo a seguir pelos nossos governantes, e não só.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Dicas para começar a usar a bicicleta como meio de transporte - Parte 4: Escolha um percurso adequado

[Este é o quarto de uma série de artigos (ver artigo inicial, ver segundo artigo, ver terceiro artigo) dedicados a quem quer começar a utilizar a bicicleta como meio de transporte e ainda não sabe muito bem por onde começar. Trata-se de uma série de artigos que aborda diversos temas, desde a escolha da bicicleta à aprendizagem de um estilo de condução adequado.]

Ao escolher o seu percurso, há algumas variáveis importantes a levar em consideração. Em primeiro lugar, a sua forma física e a sua experiência enquanto condutor e ciclista. Em segundo lugar, a distância a percorrer e as condições no terreno: inclinação, tipo de estrada, trânsito, etc.

8. Use os mapas

Consulte o mapa da sua cidade e defina uma rota que seja tão direta quanto possível, mas tente evitar para já as inclinações mais acentuadas. Mais tarde, poderá explorar também essas ruas, mas é preferível começar de forma gradual.

Evite também as chamadas "vias rápidas" e outros eventuais trechos que se encontrem vedados à circulação de velocípedes. Lembre-se contudo que a bicicleta é um veículo e, como tal, pode circular normalmente na maior parte das ruas e estradas.

Para além dos mapas em papel, podem ser muito úteis os serviços de mapas on-line. O Google Maps, por exemplo, tem uma funcionalidade para ciclistas que, infelizmente, ainda não está disponível em Portugal, mas pode mesmo assim ser útil: se selecionarmos as rotas pedestres, temos um caminho um pouco mais adequado a ciclistas. Existe também o MapMyRide que tem a vantagem de permitir desenhar uma rota no mapa e visualizar um gráfico com a variação da inclinação ao longo desse percurso.

9. Explore a sua cidade de bicicleta

Se está a começar, comece por explorar os seus possíveis percursos previamente, por exemplo num fim de semana. Isso permitir-lhe-á conhecer melhor as ruas, com calma e talvez até com menos trânsito, para ficar com uma noção mais clara das distâncias, bem como dos obstáculos ou dificuldades que possa encontrar em cada uma delas. Não há como sair a pedalar para ficar a saber se um certo trajeto é ou não demasiado inclinado, por exemplo.

Pedale descontraidamente, sem pressas, e aproveite para contar o tempo que demora cada um dos percursos. Mas lembre-se: a ideia não é fazer uma corrida contra o tempo, mas sim ficar a saber quanto tempo demora, fazendo o caminho de forma mais ou menos relaxada. A regra é simples: quanto mais rápido pedalamos, mais aquecemos e mais suados chegamos ao destino; mas se pedalarmos ao nosso próprio ritmo, podemos fazer vários quilómetros sem grande esforço. Deste modo, saberá a que horas precisa de sair de casa, para chegar pontual ao seu local de trabalho.

Ao explorar a cidade, esteja atento(a) a eventuais atalhos que possam vir a facilitar-lhe as suas viagens de bicicleta.

10. Pense como ciclista, não como motorista

O melhor caminho para um ciclista é muitas vezes diferente daquele que mais convém a um automobilista. Se ao automóvel convêm rotas que incluam estradas rápidas e largas, poucos cruzamentos e sinais de stop ou cedência de passagem, ao ciclista interessam antes rotas tão diretas quanto possível, com pouca inclinação e preferencialmente com trânsito automóvel lento, ou com pouco ou nenhum trânsito automóvel. As ruas secundárias são particularmente úteis para quem vai de bicicleta: são rápidas, muitas vezes são mais diretas e têm menos trânsito ou, pelo menos, trânsito mais lento.

Além disso, o ciclista pode facilmente transpor alguns obstáculos impossíveis a um carro, até porque basta apear-se e levar a bicicleta pela mão, sempre que isso for necessário.

Outro fenómeno que acontece muitas vezes é o facto de determinadas estradas serem mais movimentadas em determinadas horas e ficarem praticamente desertas noutros horários. Conhecendo esse pulsar, podemos usá-lo a nosso favor. Se uma rua tem engarrafamento a uma determinada hora, isso significa que o trânsito está mais lento e, provavelmente, bem mais seguro para um ciclista. Se a uma outra hora a rua fica mais ou menos deserta e não há carros a circular a alta velocidade, ótimo!

11. Junte-se aos seus vizinhos ciclistas

A partir do momento em que passar a andar de bicicleta na sua cidade, irá perceber que, mesmo sendo ainda uma minoria, há dezenas ou centenas de vizinhos seus que já usam a bicicleta no seu dia a dia. Fale com alguns deles, para perceber quais os percursos utilizados mais frequentemente pelos ciclistas mais experientes. Afinal, todos eles tiveram também de explorar inicialmente até encontrarem os seus percursos preferidos.

Participe em eventos de ciclismo urbano, como a Massa Crítica, a Cicloficina ou os Encontros com Pedal. Isso dar-lhe-á a oportunidade de meter conversa com alguns dos ciclistas com quem, muito provavelmente, se passará a cruzar no seu quotidiano. Aproveite para trocar experiências e conhecer os melhores percursos para bicicletas.

Junte-se a uma associação local de ciclistas urbanos, se existir, e use os grupos existentes nas redes sociais para descobrir outros ciclistas e trocar experiências e ideias.

(continua...)

domingo, 7 de agosto de 2011

Vídeo: Um carrinho de bebé que se converte em veículo a pedais

Uma bicicleta dobrável é sempre prática para ir a alguns sítios onde uma bicicleta normal habitualmente não vai. Mas um carrinho de bebé que se converte num triciclo de adulto com cadeira de bebé integrada, isso é outra ideia excelente! Ora vejam no vídeo abaixo o veículo a que me refiro, e digam lá se não faria as delícias de qualquer papá ou mamã ciclista urbano...






quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Dicas para começar a usar a bicicleta como meio de transporte - Parte 3: Antes de começar a pedalar

[Este é o terceiro de uma série de artigos (ver artigo inicial, ver segundo artigo) dedicados a quem quer começar a utilizar a bicicleta como meio de transporte e ainda não sabe muito bem por onde começar. Trata-se de uma série de artigos que aborda diversos temas, desde a escolha da bicicleta à aprendizagem de um estilo de condução adequado.]

7. Antes de começar a pedalar, verifique sempre:

  • RODAS - Não devem estar empenadas, devem estar devidamente fixadas e os pneus devem estar à pressão recomendada pelo fabricante (entre outras coisas, ajuda a evitar o aparecimento de furos). Convém ir verificando também a eventual presença de anomalias na superfície dos pneus.
  • TRAVÕES - Aplique força nas manetes dos travões para confirmar que estejam a funcionar corretamente. Verifique periodicamente os calços: tenha atenção à sua posição (deverão tocar unicamente no aro e nunca no pneu) e ao seu desgaste. Se estiverem gastos, deverão ser substituídos.
  • CORRENTE - A corrente e todo o mecanismo de transmissão devem estar limpos, lubrificados e afinados. Se a transmissão da sua bicicleta não estiver a funcionar devidamente (por exemplo, se a corrente saltar ou não agarrar), podem ocorrer acidentes de gravidade mais ou menos imprevisível. Na dúvida, consulte um mecânico de bicicletas.
  • SELIM e DIREÇÃO - O selim deve estar bem apertado e regulado a uma altura adequada. Não deve haver nenhuma folga entre o guiador e a roda dianteira - ou seja, não podem mover-se independentemente. Se notar alguma folga, peça de imediato ao seu mecânico de bicicletas para verificar a caixa de direcção.
  • LUZES - Se vai circular antes do nascer do sol, ou se existe a possibilidade de ter de pedalar a partir do fim da tarde, certifique-se de que leva consigo um conjunto de luzes dianteira (branca) e traseira (vermelha). Se as suas luzes necessitarem de pilhas, certifique-se de que tem sempre as pilhas carregadas, bem como um par de pilhas suplentes.

(continua...)

sábado, 30 de julho de 2011

Foto e percurso da 7ª Massa Crítica de Braga

Conforme vem sendo tradição desde… há cerca de um mês, aqui fica a foto de grupo da 7ª Massa Crítica de Braga, que se realizou na passada sexta-feira, dia 29 de julho.

O grupo reuniu por volta das 18h30 e, enquanto aguardávamos a eventual chegada de mais participantes, fomos discutindo o trajeto a percorrer nesse dia. Arrancámos eram talvez já cerca das 19h seguindo o percurso do mapa abaixo (linha a verde).

Este percurso sai do centro e passa junto a alguns pontos importantes da cidade (Av. Central, Mercado Municipal, Central de Camionagem, Estação de Comboios, Parque da Ponte, Estádio 1º de Maio, Parque de Exposições, Tribunal, centros comerciais…). Se, por um lado, é fácil perceber a importância de cada um destes locais para o dia-a-dia dos bracarenses, nem sempre parece ser óbvia a necessidade de uma intervenção nas respetivas vias de acesso.

Esquecendo por momentos a questão mais ou menos secundária da qualidade do piso (o paralelo é muito mal tolerado por boa parte das bicicletas), há certos pontos do percurso deste mês que são de certa forma pouco amigos dos ciclistas -e dos peões, já agora.

Vejamos o caso da Estação de Braga: a Av. António Macedo e a Rua do Caires, que são parte integrante da nossa pseudo-autoestrada de estimação, com as velocidades excessivas (sobretudo na primeira) e estacionamento abusivos (sobretudo na segunda) não facilitam nem a circulação em segurança das bicicletas nem a dos peões.

Outro caso crítico é o acesso à zona do Parque da Ponte, onde se situam também o Parque de Exposições e o Estádio 1º de Maio. A meu ver, justificar-se-ia aqui a presença de uma boa ciclovia ou ciclofaixa a ligar esta zona ao centro histórico, através da Av. da Liberdade. Há demasiadas faixas de rodagem, cruzamentos, e ainda uma rotunda, que tornam muito confusa a interação entre ciclistas e os restantes veículos. Em casos como estes, torna-se crucial a atenção de todos eles, uma sinalização bem visível por parte dos ciclistas e muita muita cautela. E, além da tal ciclovia, davam jeito alguns ajustes ao código da estrada

Finalmente, quando nos dirigimos do Parque de Exposições para a zona do Braga Parque, utilizando a Av. João XXI e a Av. João Paulo II, deparamo-nos com uma nova rotunda que, embora sendo útil à circulação automóvel com as suas passagens aéreas e subterrâneas e as várias faixas de circulação, dificulta imenso a interação entre ciclistas e demais veículos. Este, creio eu, é um problema nacional, que só uma revisão do Código da Estrada e um estudo aprofundado das soluções de ordenamento de tráfego utilizadas lá fora poderiam solucionar. Em todo o caso, no meu Mapa Ideal da Cidade de Braga, certamente que haveria aqui mais umas ciclovias ou ciclofaixas a fazer a ligação entre o Minho Center, o Braga Parque, o Parque de Exposições e a Universidade do Minho. Ou então alguma outra solução mais adequada, que não implique as bicicletas meterem-se à frente dos carros e camiões que saem da rotunda, nem os ciclistas terem de apear-se sempre que têm de contornar uma rotunda.

[Clique aqui para ver o trajeto no Google Maps]

Quando chegámos à Av. Padre Júlio Fragata (após cerca de 7,5km a pedalar), parte dos participantes precisavam de ir embora, pelo que parámos para tirar a foto de grupo e fazer as despedidas. Os que ficámos, seguimos um atalho de volta para o centro (linha a azul) e aproveitámos para ir tomar um copo sem álcool e intercalado com dois dedos de conversa.

De certo modo, esta bicicletada foi uma aventura feita em modo suave. Por algum motivo os ciclistas urbanos de Braga tendem a evitar algumas destas vias, contra a lógica dos mapas!… Há algumas ruas excelentes para pedalar em Braga, mas - atenção, senhores governantes e demais responsáveis pelas nossas ruas e estradas! - há ainda muito por fazer para tornar Braga uma cidade realmente amiga dos cidadãos que nela se deslocam a pé e/ou de bicicleta!

Para quem não pôde participar nesta edição da Massa Crítica Braga, fica o convite: última 6ª feira de cada mês, ao fim da tarde. A próxima é no dia 26 de agosto.

Mais informações sobre este evento mensal estão disponíveis, como habitualmente, na página da Massa Crítica Braga, no Facebook, ou no site da Massa Crítica - Portugal.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Ciclismo Urbano em Braga

Acaba de ser constituído no Facebook o grupo Ciclismo Urbano em Braga. Trata-se de um espaço on-line que pretende funcionar como ponto de encontro e de partilha de experiências e ideias da comunidade de utilizadores da bicicleta como meio de transporte na cidade de Braga.

Este novo grupo, cuja criação foi inspirada no modelo portuense, servirá também como ponto de partida para os ciclistas de Braga se irem conhecendo. E, quem sabe, talvez daqui venham a surgir outras iniciativas que contribuam para uma maior e melhor utilização da bicicleta e Braga e para o progresso no sentido de uma cidade mais amiga dos seus cidadãos ciclistas.

O grupo é aberto, o que significa que todos podem aderir e participar. Pode ser encontrado nesta página.

Resultados da mini-sondagem #5

7ª Massa Crítica em Braga

Tal como já vem sendo habitual, na última sexta-feira do mês realiza-se em várias cidades portuguesas e estrangeiras a Massa Crítica, ou Bicicletada. De norte a sul, e em diferentes continentes, os ciclistas urbanos (habituais ou esporádicos) unem-se para partilhar e celebrar a mobilidade sustentável. É uma oportunidade para partilhar experiências, divulgar a bicicleta enquanto meio de transporte útil e sensibilizar a população.

Em Braga, o ponto de encontro escolhido é o chafariz da Arcada (Av. Central, a partir das 18h30). Se estiver por perto de Braga, já sabe: pegue na sua bicicleta e venha para a rua celebrar a mobilidade sustentável!

Mais informações sobre este evento mensal estão disponíveis, como habitualmente, na página da Massa Crítica Braga, no Facebook, ou no site da Massa Crítica - Portugal.

Pedalando em Braga: Pedro Carvalho

Pedro Carvalho tem 30 anos e vive na cidade de Braga (Portugal). Há vários anos que usa a diariamente bicicleta como meio de transporte, nas suas deslocações do dia-a-dia. Vejamos o que tem para nos contar...

Há quanto tempo vais de bicicleta para o trabalho?
Aqui em Braga, há 2 anos. Ao início, o trânsito caótico chocava-me e ia apenas de Bus. Depois comprei a minha bici atual em segunda mão, e tenho-a usado diariamente. Quando estudei na Universidade de Évora, também usei a bici diariamente durante a licenciatura.

Porque decidiste começar a ir de bicicleta?
Sempre tive uma paixão enorme pela bicicleta, e desde novo que a bicicleta era o meio para muita diversão. O facto de Braga ter montes e corta-fogos era um incentivo para grandes corridas.

Para mim, a bicicleta foi uma extensão de mim próprio que me permitia chegar rapidamente a qualquer lugar na cidade.

Ter viajado por vários países fez-me acreditar que é possível viver na cidade e contribuir para uma melhor cidade usando a bicicleta. Quando voltei para Braga, aos poucos comecei a habituar-me ao trânsito.  

Que distância percorres nesse percurso? Que tempo demoras?
Normalmente, acho que são 2km. A duração varia com a pressa: 10 ou 15mins, para cada lado. 

Quais têm sido, no teu caso, as vantagens práticas de utilizar a bicicleta como meio de transporte preferencial?
Como eu preferencialmente não conduzo, só vejo vantagens práticas em relação ao Bus e a andar a pé. No meu dia-a-dia, desloco-me rapidamente a qualquer ponto do centro da cidade, ao meu ritmo, sem trânsito, sem desconforto. Qualquer poste, árvore ou corrimão serve para "estacionar". E os 20~30 minutos diários de exercício físico sempre ajudam com o bem-estar.  

De bicicleta só quando dá sol… ou também quando o tempo é mais agreste?
Normalmente uso o Bus nos meses de novembro, dezembro e janeiro e nos dias de chuva mais intensa. Nos restantes, uso um impermeável e o para-lamas na bici.

Que tipo de bicicletas tens?
Tenho esta Specialized Hardrock pro de 2004. É uma bicicleta incrível e muito bem construída. Como uso-a maioritariamente na cidade, troquei-lhe os pneus para estes mais urbanos. Durante os dias de chuviscos, uso um para-lamas da Topeak muito práticos de tirar e pôr. Tenho uma grande estima por esta bici e apesar de viver num apartamento, nunca a deixo nem na rua nem na garagem. Trago-a sempre aos ombros para casa. O número de bicicletas roubadas é assustador.

Qual o equipamento que usas no teu dia-a-dia de ciclista?
Por vezes, levo uma tshirt ou camisa para troca, e ando de bici com a roupa que uso. Prefiro ir mais devagar ou nas subidas levá-la à mão se tiver algum compromisso. Tenho um capacete que já teve mais utilização, um cadeado preso ao selim, uma campainha e, normalmente, uma mochila. Tenho grande confiança na minha bici e nunca levo ferramentas. Nada de luzes, porque não ando na estrada à noite.

Qual a tua ocupação atual?
Trabalhador-Estudante (de Informática).

O que dizem as pessoas quando lhes contas que vais regularmente de bicicleta para o trabalho/universidade?
Que faço bem e que se pudessem também faziam o mesmo. Concordam que o trânsito é o maior detrimento para o uso de bici.

Tens alguma peripécia relacionada com o uso da bicicleta, divertida ou interessante, que queiras partilhar?
O mais divertido é poder partilhar os passeios com boa companhia. Durante o ano passado fui a quase todas as massas críticas do Porto e gostei muito de poder fazer parte da massa e das amizades que fiz. Ainda não consegui ir a nenhuma cá em Braga mas espero ir finalmente na próxima.

Para meu descontentamento já vou no terceiro cadeado com esta bici. No primeiro, parti a chave dentro do cadeado e em frente a um hipermercado no centro. Arranjei uma serra e durante uns 15mins estive a serrar o cadeado… decidi não comprar mais um cadeado daquela largura! E ainda bem, porque o seguinte já foi dos com código. Uma estranha combinação de eventos levou a que o código deixasse de funcionar. E a serra voltou a ser usada em plena cidade...

Praticas algum tipo de desporto, para além do teu percurso diário de bicicleta?
Ando a tentar praticar parkour mas não vou longe. Corro de vez em quando.

O que pensas da cidade de Braga, no que se refere às infraestruturas rodoviárias existentes e à relação com os ciclistas?
Acho terrível. Ter visto o empenho que é feito noutras cidades para devolver a cidade às pessoas deixa-me triste que o mesmo não seja feito cá. A ciclovia existente aqui é, talvez feita com boa intenção, a meu ver muito inútil. Talvez daqui a uns anos, quando aquela zona se desenvolver, se torne útil.

Existe um percurso que faço que liga diretamente o centro ao extremo este da cidade, que se fosse pavimentado e cuidado seria uma excelente oportunidade para revitalizar a zona junto ao rio Este.

A nível nacional, o facto de as bicicletas ainda não terem prioridade sobre os restantes veículos no código de estrada, assim como outras medidas como poder usar a faixa bus, mostra que não há ainda uma vontade de mudar.

Pior ainda é a atitude dos condutores em geral. O ciclista é visto ainda como um empecilho na estrada e, muitas vezes, um alvo.  

Nota: Um dos percursos habituais do Pedro foi publicado há aqui há algum tempo e pode ser consultado nesta outra página.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Um sarau cultural com bicicletas à mistura, em Braga

Tive estes dias a oportunidade de participar cá em Braga numa agradável tertúlia noturna, realizada no âmbito dos Encontros com Pedal.

Já andava há algum tempo para participar num desses encontros, mas ainda não havia sido possível conciliar agendas. Desta vez, o ponto de encontro era a esplanada do café Brasileira, no centro da cidade. Cheguei por volta das 22h e quase sem saber fiz parte do caminho pedalando lado a lado com um turista alemão, que também lá veio ter. Já estavam umas quantas bicicletas estacionadas junto à esplanada, num cenário que parecia enquadrar Braga num certo espírito amesterdanesco.

Arranjei cadeira, mandei vir um café e, em companhia de ciclistas, assisti a um serão que passou de concerto a sarau musical, com a guitarra a passar de mão em mão e músicos de varias nacionalidades a partilharem com o publico as suas melodias preferidas. Uma lufada de ar fresco nesta que é (ainda) uma cidade de popós.

Podia ser um evento cicloturístico. Podia ser uma prova de um qualquer ciclodesporto radical... Mas não. Era simplesmente um encontro descontraído numa esplanada do centro, em que as pessoas lá haviam chegado de bicicleta. Num cenário ideal, isto seria o normal de qualquer sexta-feira ou sábado à noite. Mas para já são apenas exceções que aos poucos se vão tornando numa nova regra.

Mais tarde, depois de algumas bebidas e muitas canções, houve um pequeno sorteio simbólico e no final fomos fazer um passeio - também ele simbólico - pela cidade. Eram mais de vinte bicicletas a circular pelas ruas de Braga, cuja vida noturna ainda pulsava a bom ritmo.

Parámos por volta das 1h da manhã à porta da Zenmotions, a empresa que patrocinara essa edição do evento. Lá dentro, para além de um espaço bonito e convidativo, havia chá, chá com vodka (gostaram da combinação?) e bolinho :-)

Depois de recarregadas as baterias e posta alguma conversa em dia, dirigimo-nos à rua de S. Marcos para devolver as bicicletas alugadas por alguns participantes. Braga ainda não tem um sistema público de bicicletas partilhadas, mas já tem bicicletas para alugar a turistas e não só.

Para alguns a pedalada terminava ali, mas para outros a noite continuaria ainda até mais tarde, na mesma esplanada onde havia começado. Tive ainda a oportunidade de conversar com o Carlos, que gentilmente se disponibilizou para ajustar a pressão dos meus pneus, e com o Sérgio, um dos organizadores dos Encontros com Pedal.

Regressei então a casa - de bicicleta, claro!

Foi bom partilhar algumas horas em tertúlia cultural - que é o que foi este Encontro com Pedal - com alguns utilizadores habituais da bicicleta como meio de transporte, e algumas pessoas que ainda estão a nutrir a sua vontade de passarem a dar um uso utilitário à bicicleta de forma regular.

Nesta página é possível visualizar as fotos do evento. A próxima edição (que promete!), está já agendada para o mês de setembro.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Mini-sondagem #4: Quando costuma andar de bicicleta?

Em que medida o uso que faz da sua bicicleta depende do tempo que faz? Evita pedalar quando o tempo é mais agreste, ou prefere procurar maneiras de lidar com o calor ou as intempéries? Há algum tipo de clima que habitualmente o/a impeça de pedalar?

Participe com o seu testemunho ali ao lado, na coluna da direita! Mas, se desejar, saiba que pode também utilizar os comentários a este artigo para expressar a sua opinião de forma mais extensa.

Dicas para começar a usar a bicicleta como meio de transporte - Parte 2: Equipar-se

[Este é o segundo de uma série de artigos (ver artigo anterior) dedicados a quem quer começar a utilizar a bicicleta como meio de transporte e ainda não sabe muito bem por onde começar. Trata-se de uma série de artigos que aborda diversos temas, desde a escolha da bicicleta à aprendizagem de um estilo de condução adequado.]

2. Escolher o vestuário para a sua pedalada diária

Há muitos ciclistas que só usam o vestuário concebido para o ciclismo profissional, mas poucos são os ciclistas urbanos que o fazem no dia-a-dia. Porque, apesar de ser confortável ao pedalar, esse tipo de vestuário implica uma despesa adicional considerável, não é nada prático em percursos curtos (obriga a trocar de roupa ao chegar ao trabalho, por exemplo) e, além do mais, não é nada fashion.

Por isso, uma boa notícia é que não tem de vestir-se de licra para usar uma bicicleta: a menos que vá fazer um percurso de muitos quilómetros ou participar numa competição, bastará a sua roupa normal de todos os dias. Use roupas confortáveis, mas evite roupas muito largas que possam prender-se nas rodas ou na corrente.

Dependendo da sua forma física, da cadência do seu pedalar, do tipo de percurso e do estado do tempo, pode ser necessário fazer pequenos ajustes. Muitas vezes, precisamos de menos roupa quando estamos em cima da bicicleta: o movimento dos músculos aquece o corpo. Mas noutras vezes, com o ar gelado da manhã ou com vento frio, pode dar jeito usar umas luvas e/ou um casaco ou corta-vento.

3. Não se esqueça das luzes!

Se vai usar a bicicleta ao início e/ou ao fim do dia, não saia de casa sem um conjunto de luzes frontal e traseira (verifique as pilhas!). Um conjunto de refletores e roupas claras são também úteis para circular em segurança na estrada.

4. Prepare-se para a chuva

Ao início, temos tendência para consultar a meteorologia, com receio de apanhar um dia de chuva. Mas depois acabamos por nos aperceber que é raro chover, e muito mais raro ainda chover o dia todo. Mas lá diz o ditado: um ciclista preparado vale por dois. Portanto, aqui ficam algumas dicas também em relação a este tópico.

Em primeiro lugar, uns guarda-lamas ajudam a evitar salpicos de água, lama e areia provenientes das rodas (quando chove, ou quando chão ainda está molhado).

Um bom fato impermeável pode ser vestido por cima da sua roupa normal e permitir-lhe-á chegar ao seu destino seco e confortável, mesmo nos dias de chuva intensa. Há modelos concebidos especificamente para ciclistas, que se ajustam para não ficarem presos na corrente e que permitem que a pele respire, mantendo no entanto uma excelente capacidade de retenção da água da chuva.

5. Leve consigo a sua bagagem

Um porta-bagagens, com ou sem alforges, é sempre útil, para levar a carteira, o almoço, uma muda de roupa e tudo o mais que precisar (não se esqueça de uma bomba e de um mini kit de ferramentas). Ao usar um porta-bagagens, sentimos menos o peso do que se usarmos uma mochila, e não acumulamos suor nas costas.

A verdadeira utilidade de um cesto e/ou uma grelha bagageira surge quando menos se espera. Isto é, a utilidade prática da bicicleta vem mais facilmente ao de cima: podemos passar pelo mini-mercado para fazer umas compras para o jantar, podemos levar uma muda de roupa para o trabalho, podemos levar o computador portátil para uma reunião com um cliente, etc.

6. Proteja a sua bicicleta

Se precisar de deixar a sua bicicleta sozinha durante algum tempo, é recomendável investir num bom conjunto de cadeados que lhe permitam prender o quadro e ambas as rodas. Há muita diversidade quer em termos de preços quer em termos de design dos cadeados. Os mais fiáveis tendem a ser aqueles em formato de U ou D, mas convém usar sempre dois modelos diferentes. Por exemplo, poderá utilizar um cadeado em U para prender o quadro e a roda traseira ao ponto de fixação no local de estacionamento e um cabo para prender ao quadro a roda dianteira.

É também boa ideia prender o selim ao quadro, sobretudo se aquele tiver um aperto tipo quick release (abertura fácil). Alguns ciclistas optam nesses casos por retirar e levar consigo o selim, quando deixam a bicicleta estacionada.

(continua...)

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Braga ciclável - Do Carandá ao Campus de Gualtar (Univ. Minho)

No âmbito da nossa rubrica intitulada Braga Ciclável, vamos publicando alguns dos percursos utilizados diariamente pelas pessoas que se deslocam de bicicleta na cidade de Braga.

O percurso de hoje é o efetuado pelo leitor Pedro Carvalho, para se deslocar diariamente entre a zona do Carandá e a Universidade do Minho:

Sou estudante na UM e por isso faço o percurso diariamente. Demoro entre 15 minutos (devagar) e 10 minutos (mais apressado) que é o tempo que demorava nos autocarros (43) sem contar com esperar nas paragens, atrasos e falhas de serviço (mto comuns) etc.

Infelizmente não existe nem ciclovia nem vias cicláveis e seguras. Cruzo-me com vários ciclistas, seja a caminho da rodovia seja a caminho da UM. Um corredor ciclável que ligasse o centro aos polos universitários e de desporto (rodovia, piscinas, ciclovia) ao centro é essencial e urgente.

Aqui vai o mapa com os percursos que utilizo em segurança.

Acrescento ainda que é uma pena as margens junto ao rio este estarem tão subaproveitadas.

E ainda parabéns pelo blog e as várias iniciativas como esta!

um abraço ciclista!
Pedro de Carvalho

[Clique aqui para ver o trajeto no Google Maps]

Legenda:

  • Verde: sentido correto de trânsito e ciclável
  • Amarelo: percurso pedestre
  • Vermelho: escadas
  • Azul: caminho alternativo

Diz-nos ainda o Pedro que o percurso assinalado a azul no mapa acima é o seu trajeto preferido: é em terra, mas só tem 2 cruzamentos e pouco trânsito de peões. Neste momento, contudo, está cortado por causa do parque insuflável e das obras junto ao rio.

Obrigado pela dica, Pedro!

A linha azul permite evitar peões e automobilistas, pelo que é fácil perceber o motivo desta preferência por parte do Pedro.

Pessoalmente, gostaria de ver implementado pelas autoridades competentes um percurso com piso ciclável (nota: não vale piso de terra, nem paralelo, nem asfalto esburacado!…), cuja utilização não ficasse limitada a bicicletas de todo-o-terreno. A Av. João XXI / Av. João Paulo II será para tal um excelente ponto de partida: bastaria promover uma ligeira acalmia de trânsito (p.ex. velocidade máxima real de 50Km/h) e implementar uma faixa ciclável, exclusiva ou partilhada apenas com transportes públicos, com linha contínua e sinalização horizontal e vertical.


P.S.: Um destes dias, prometo publicar aqui um artigo dedicado exclusivamente à temática das ciclovias. Num mundo ideal, poderia haver ciclovias em todas as artérias e arteríolas da cidade. Num outro mundo ideal, talvez mais consciente da necessidade de articular eficientemente a relação custo/benefício, as bicicletas poderiam circular lado a lado com os restantes veículos, em segurança, fruto de um Código da Estrada mais protetor, de algumas medidas eficazes de ordenamento de trânsito e de uma mentalidade geral mais evoluída entre os motoristas.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Resultados da mini-sondagem #4

Qual a bagagem que vai sempre consigo na sua bicicleta?



A título de curiosidade, a minha lista atual é habitualmente esta:

  • luzes
  • conjunto de ferramentas
  • bomba de ar
  • luvas
  • cadeado
  • telemóvel
  • chaves e carteira

Mas recentemente, comecei a levar de forma mais ou menos assídua uma garrafa de água que recebi de presente. Apesar de ser uma típica garrafa de água de ciclista, uso-a sobretudo para ter água sempre à mão no escritório e noutros locais aonde me desloco de bicicleta.

Depois de ver os resultados desta sondagem, e tendo já a caminho um novo saco porta-bagagens, estou a considerar seriamente acrescentar uma bolsa de primeiros-socorros e uma toalha. Além disso, é possível que com mais espaço passe a levar com mais frequência alguns dos itens que vou levando de forma ocasional (como é o caso das mudas de roupa, fato impermeável, casaco, óculos de sol, máquina fotográfica, lanche ou almoço). A médio prazo, quero aprender a trocar e remendar a câmara-de-ar de forma autónoma (ah!, uma cicloficina em Braga é que era!…). Nessa altura, passarei talvez a transportar comigo uma câmara-de-ar suplente e um conjunto de remendos…

A todos quantos responderam a esta questão, obrigado pela vossa participação!

6ª Massa Crítica de Braga (edição especial de S. João)

Realizou-se na passada 6ª feira, 24 de junho (dia de S. João), a 6ª Massa Crítica (ou Bicicletada) de Braga, cujo percurso se reproduz abaixo.

O evento contou com a participação de 12 ciclistas, entre os quais me encontrava eu, pela primeira vez. Confesso que cheguei a albergar a ingénua expectativa de uma maior adesão neste mês, por coincidir com o feriado municipal. No entanto, a perspetiva de um excelente dia de sol, aliado a um fim de semana prolongado, convidava também a umas mini-férias que compreensivelmente fizeram dispersar um pouco a população residente.

Depois de alguns momentos de conversa, e definida uma parte do percurso, saímos da Avenida Central pela Rua dos Chãos e seguimos pela Rua de S. Vicente em direção à rotunda de Infias, onde virámos para a Rua de Santa Margarida. O piso de paralelo destas últimas duas ruas é notoriamente desagradável, se não mesmo nocivo para a maior parte das bicicletas. No entanto, com um ritmo suave, lá fomos seguindo descontraidamente em grupo.

Virámos depois à esquerda na Senhora-a-Branca, passámos em frente à Junta de Freguesia de S. Vítor e descemos a Rua da Restauração até à Av. João XXI. Fomos seguindo por essa via, tomando posteriormente a Rua do Caires até à Estação de Braga. Dirigimo-nos então ao Arco da Porta Nova pela Rua Andrade Corvo e percorremos a Rua dos Biscainhos.

A intenção inicial era subir a Rua Dom Frei Caetano Brandão até à Sé de Braga mas, como estava a decorrer nesse momento uma procissão, optámos por contornar a Praça do Município e seguir pela Praça Conde de Agrolongo. Passámos assim pela Rua do Carmo (em frente ao Hotel Ibis) e pela Rua do Carvalhal.

Já na parte final do passeio, avançámos pela Rua de Santo André (parte traseira do centro comercial BragaShopping) em direção à Praça Mouzinho de Albuquerque. Descemos pela Rua de S. Gonçalo (junto ao Externato Paulo VI) e reentrámos na Avenida Central.

Terminámos pois no local de partida, onde um simpático ciclista (que por algum acaso não havia participado na bicicletada) se disponibilizou para nos tirar as fotos finais do evento.

O percurso que fizemos (e que eu por acaso acabei por não medir), terá cerca de 7km, segundo o Google Maps.

A velocidade média terá sido de 10 a 15 km/h, de modo a manter o grupo o mais unido possível. Creio que o conceito de Massa Crítica implica necessariamente que o grupo de ciclistas circule unido numa massa mais ou menos coesa. Isto permite que não haja separações em cruzamentos e semáforos, e aumenta a segurança dos ciclistas ao evitar que os motoristas mais impacientes façam ultrapassagens perigosas. Não foi fácil manter essa coesão no "pelotão", e creio que esse será um dos aspetos a melhorar nas próximas edições.


[Clique aqui para ver o trajeto no Google Maps]

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Fotos da 6ª Massa Crítica de Braga, e o meu comentário pessoal

Já estão disponíveis as primeiras fotos da 6ª Massa Crítica de Braga, que se realizou no dia de S. João, dia 24 de junho.


Foto de grupo, na Avenida Central, antes de iniciar o trajeto da Bicicletada.


Provavelmente o primeiro Bike Salute (ou Bike Lift) alguma vez realizado em Braga.


Aproveitei para decorar a bagageira da minha bicicleta com os cartazes que havia preparado.

O álbum completo (provavelmente ainda em construção) pode ser visualizado nesta página. Ao Meik, aproveito para agradecer a gentileza de ter cedido as suas fotos para publicação on-line. …

Esta foi a primeira vez que pude (finalmente!) participar numa Massa Crítica, e gostei. Tive pena de não haver tempo para um convívio mais alargado, mas foi bom sentir que a cidade é bem mais airosa quando pedalamos calmamente com outros ciclistas.

Costumo já circular diariamente de bicicleta nesta cidade, é certo, mas a companhia de um grupo de ciclistas como este contribui de uma forma extraordinária para manter os carros afastados, tornando o passeio bem mais calmo e prazeroso. As campainhas das bicicletas intercaladas de vez em quando com uma buzina de bicicleta à moda antiga resultavam numa espécie de música a fazer lembrar certos rituais relaxantes de origem oriental…

No regresso a casa, aproveitei para para numa bomba de gasolina, para retificar a pressão dos pneus da bicicleta, mas a coisa não correu como gostaria. Um dos pneus já não estava em bom estado e, após ter ameaçado durante uns 200 ou 300km, deu o seu derradeiro suspiro ali mesmo, à minha frente.

É, pois, altura de substituir pela primeira vez os pneus. Lá regressei o resto do caminho a pé até casa, que era ali perto (não, não foi preciso chamar nenhum reboque :-)

...e para quem não pôde participar nesta edição, convém lembrar que a Massa Crítica é um evento mensal, pelo que a próxima edição deverá acontecer já no dia 29 de julho (é sempre na última 6ª feira de cada mês). A Massa Crítica de Braga tem uma página no Facebook, que pode ser útil para obter informações sobre estes eventos.

Vídeo: Reportagem na SIC sobre a 1ª World Naked Bike Ride em Lisboa

É já este domingo que se realiza em Lisboa a 1ª edição nacional da World Naked Bike Ride. Este evento, que estava inicialmente agendado para o passado dia 5, foi entretanto adiado para não coincidir com a data das recentes eleições.

A SIC emitiu ontem uma reportagem divulgando este evento, a qual pode ser vista no vídeo abaixo.

O objetivo da WNBR é fazer um protesto pacífico, criativo e divertido contra a dependência do petróleo e a cultura do automóvel, ou a celebração da bicicleta e da individualidade do corpo humano. A nudez durante este evento simboliza a relativa vulnerabilidade do ciclista no trânsito.

A World Naked Bike Ride é um passeio de bicicleta internacional, em que as roupas são opcionais. Os participantes circulam em massa em meios de transporte de propulsão humana, como bicicletas, skates ou patins, com o objetivo de promover o ideal de um mundo mais limpo, mais seguro e mais positivo acerca do corpo humano.

A primeira Naked Bike Ride teve lugar em Saragoça, Espanha, em 2001. Dois anos mais tarde, Conrad Schmidt concebeu a World Naked Bike Ride depois de ter organizado outros eventos parecidos. O movimento começou a ganhar dimensão, de tal forma que em 2010, realizou-se já em 17 países, num total de 74 cidades, dos EUA ao Reino Unido, da Hungria ao Paraguai.

A partida da primeira World Naked Bike Ride portuguesa será do Parque Eduardo VII, em Lisboa. O lema é "pedala o mais nu que conseguires", ou seja, os participantes até podem ir vestidos, se assim preferirem. O pelotão irá então pedalar nu ou com a menor roupa possível, desde o Parque Eduardo VII até à torre de Belém.

Mais informações sobre este evento em Lisboa, no blog do projeto:

worldnakedbikeridelisboa.blogspot.com

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Cartazes de apoio ao uso da bicicleta

Acabamos de disponibilizar para download grátis, na secção Úteis, dois cartazes prontos a imprimir, para os poder levar consigo quando participar num evento com a sua bicicleta. Se vai à Massa Crítica (Bicicletada), à World Naked Bike Ride, ou a algum outro evento de apoio ao uso da bicicleta enquanto meio de transporte, leve consigo gratuitamente um destes e faça passar a mensagem…

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Bicicletada de S. João, em Braga e não só

Tal como já vem sendo habitual, na última sexta-feira do mês - que desta vez calha amanhã, dia de S. João - realiza-se em várias cidades portuguesas e estrangeiras a Massa Crítica, ou Bicicletada. De norte a sul, e em diferentes continentes, os ciclistas urbanos (habituais ou esporádicos) unem-se para partilhar e celebrar a mobilidade sustentável. É uma oportunidade para partilhar experiências, divulgar a bicicleta enquanto meio de transporte útil e sensibilizar a população.

Em Braga, o ponto de encontro escolhido é o chafariz da Arcada (Av. Central, a partir das 18h30). Se estiver por perto de Braga, já sabe: pegue na sua bicicleta e venha para a rua celebrar a mobilidade sustentável!

Mais informações sobre este evento mensal estão disponíveis, como habitualmente, na página da Massa Crítica Braga, no Facebook, ou no site da Massa Crítica - Portugal.

Trata-se da 6ª edição da Bicicletada em Braga. E, se nada me impedir, espero finalmente poder participar pela primeira vez, esta sexta-feira. Vemo-nos por lá :-)

terça-feira, 21 de junho de 2011

Mini-sondagem #4: Qual a bagagem que vai sempre consigo na sua bicicleta?

Quer utilize uma bicicleta com cesto, grelha ou alforges, ou use simplesmente uma bolsa ou mochila, certamente haverá alguma bagagem que não dispensa na maioria das suas pedaladas. A pergunta que hoje colocamos aos leitores deste blog é precisamente qual é a bagagem que os costuma acompanhar na bicicleta.

Esta mini-sondagem inclui, como habitualmente, algumas respostas predefinidas, mas é possível neste caso adicionar respostas personalizadas, se tal for necessário.

Participem!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Braga ciclável: Da Estação até ao complexo industrial da Grundig

Por cortesia do Miguel Barbot, a quem agradecemos a amabilidade de nos ter indicado a pertinência deste artigo no blog Um Pé no Porto Outro no Pedal, apresentamos hoje o percurso do Vítor Silva, que se desloca diariamente de comboio e bicicleta entre o Porto e Braga.

Em Braga o percurso também é relativamente curto entre a estação e a empresa onde trabalho. Saio na Estação, subo a Rua dos Caires (um nome com muito potencial para piadas ciclísticas) até à igreja de Maximinos. Este bocado é a subir ligeiramente e em asfalto.

Depois entro pela Rua Peão da Meia Laranja e Rua Felicíssimo Campo (não, não estou a inventar estes nomes) até á rotunda com a Rua Cidade do Porto. A empresa onde trabalho fica a 50 metros daí. Este último bocado é em paralelo e a descer o que é excelente para relaxar e não ter que chegar ao trabalho ofegante.

À vinda para casa, o percurso em Braga é igual, mas mais cansativo porque sobe mais do que desce e porque o stress de conseguir apanhar o comboio obriga a esquecer qualquer cuidado para não começar a transpirar.

(O texto completo, que inclui o trajeto de bicicleta efetuado na cidade do Porto pode ser encontrado nesta página. Ao Vítor Silva e ao Miguel Barbot, agradecemos a dica.)

[Clique aqui para ver o trajeto no Google Maps]

Apesar de este ser um percurso relativamente curto, nem sempre é muito amigável para ciclistas. A existência de ruas e rotundas com várias faixas, o facto de se tratar de uma zona de alto tráfego automóvel e alguns pequenos ou grandes equívocos de ordenamento urbanístico tornam até certo ponto preferível um trajeto alternativo. A solução encontrada pelo Vítor Silva (através da Rua Peão da Meia Laranja) foge ao trânsito e, provavelmente, apresenta um desnível mais suave no regresso à Estação. A única desvantagem parece ser mesmo o piso em paralelo...

A título de sugestão, para quem chega a Braga de comboio e quer dirigir-se ao complexo industrial da Grundig, deixo à consideração um outro trajeto, indicado a verde no mapa acima, que implica sair mais cedo do comboio, no apeadeiro de Ferreiros (se o comboio parar em todos os apeadeiros). Esta é uma zona com pouca inclinação, que se faz bem de bicicleta em ambos os sentidos. Este trajeto faz sentido quando vimos num daqueles comboios que param em todas...

A combinação Comboio+Bicicleta é sem dúvida a que apresenta uma melhor relação em termos de custo versus tempo de viagem. Há uns meses, fiz também eu a experiência de uma viagem Braga-Porto-Braga, comparando o custo da várias opções de transporte e calculando a poupança resultante de usar comboio e bicicleta. Pode ser visto aqui.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Dicas para começar a usar a bicicleta como meio de transporte - Parte 1: Escolher uma bicicleta

Este é o primeiro de uma série de artigos dedicados a quem quer começar a utilizar a bicicleta como meio de transporte e ainda não sabe muito bem por onde começar. Tentaremos abordar diversos temas, desde a escolha da bicicleta à aprendizagem de um estilo de condução adequado.

1. Arranje uma bicicleta!

Não tem que ser um modelo topo de gama, mas convém que tenha o tamanho certo para si e que esteja devidamente afinada. De um modo geral, as bicicletas mais caras destinam-se à prática desportiva de alta competição: têm algumas características técnicas que podem até nem ser úteis ao utilizador comum e geralmente não dispõem dos acessórios mais voltados para o ciclismo utilitário. Além disso, uma bicicleta demasiado dispendiosa pode tornar-se também particularmente atraente para os ladrões.

Evite no entanto as "bicicletas de supermercado". Há bicicletas que são tão baratas que pura e simplesmente não são seguras ou fiáveis para quem vai fazer delas o seu meio de transporte. O barato pode sair caro e até causar alguns acidentes perigosos. Às vezes, pode ser melhor negócio uma bicicleta usada que se encontre em bom estado. Quem sabe, talvez algum familiar ou amigo tenha uma bicicleta que já não usa, encostada no fundo da garagem...

Se vai comprar uma bicicleta nova, saiba que há modelos concebidos especificamente para uso como meio de transporte urbano que, para além de serem confortáveis, incluem de série alguns acessórios indispensáveis: luzes, refletores, campainha, guarda-lamas, grelha bagageira. Pode ficar mais em conta um destes modelos do que comprar individualmente cada um desses acessórios para equipar uma bicicleta concebida para uso desportivo ou recreacional.

Para quem precisa de combinar frequentemente o uso da bicicleta com o carro ou os transportes públicos, uma bicicleta dobrável pode ser particularmente prática. Ocupa pouco espaço e tem também a vantagem de poder entrar consigo na maior parte dos locais onde for, diminuindo a probabilidade de roubo.

(continua...)

terça-feira, 7 de junho de 2011

Vídeo: Reportagem na RTP sobre o uso diário da bicicleta em Lisboa

...onde entre outras coisas interessantes se fala da MUBi, dos Bike Buddies, e da Camisola Amarela.

Braga ciclável - Do Campus de Gualtar (Univ. Minho) até ao centro da cidade

Há dias, inaugurámos neste espaço uma nova rubrica intitulada "Braga ciclável", onde serão publicados alguns dos percursos utilizados diariamente pelas pessoas que se deslocam de bicicleta na cidade de Braga.

O leitor Miguel Borges aceitou o desafio e partilhou connosco a rota que utiliza regularmente para se deslocar da zona de Gualtar (Universidade do Minho, Hotel Meliã...) para o centro da cidade:

Costumo fazer a ligação Gualtar-Centro com o seguinte percurso "expresso":

Av. João Paulo II desde o McDonalds até aos semáforos da 31 de Janeiro. Depois, subo a 31 de Janeiro pela faixa da esquerda; No topo da 31 de Janeiro faço o mesmo que tu, meto-me no interior prazenteiro da avenida central.

Devo dizer-te que este percurso se faz com tranquilidade (apesar da velocidade dos veículos na JPII, o facto de haverem 3 faixas deixa a faixa da direita com margem para seguir confiante) e exige apenas um pouco de destreza na rotunda J.P.II/Julio fragata. Caso neste ponto falte coragem, é desmontar e fazer as passadeiras :)

[Clique aqui para ver o trajecto no Google Maps]

Trata-se, efetivamente, de um percurso fácil de memorizar e de executar de bicicleta. O piso é bom, há bastante espaço para partilhar com os restantes veículos, há poucas curvas e boa visibilidade, o que nos permite chegar rapidamente até ao centro de Braga, sem grandes dificuldades. Na Av. 31 de Janeiro, há uma pequena inclinação, mas é tão ligeira que quase nem se nota.

Em poucos minutos, conseguimos ir sem esforço desde a zona da Universidade do Minho até ao Teatro Circo, à Loja do Cidadão ou a uma das muitas esplanadas no centro da cidade.

Obrigado pela dica, Miguel!

domingo, 5 de junho de 2011

Resultados da mini-sondagem #3

Braga ciclável - Do BragaParque até ao centro da cidade e à Sé de Braga

Depois de ter conhecido há dias a excelente iniciativa do Miguel Barbot, no seu blog Um pé no Porto e outro no pedal, de mapear os percursos cicláveis da cidade do Porto a partir dos relatos dos próprios ciclistas, apercebi-me que essa era também uma necessidade por estes lados. Decidi, por isso, tentar fazer algo do género para a cidade de Braga.

Já nem me lembrava eu que, há pouco mais de um ano, essa havia sido precisamente uma das minhas principais dúvidas - quais os melhores percursos para ir de um ponto a outro na cidade de Braga, em bicicleta. Na falta de um mapa de percursos cicláveis, acabou por ser um processo de aprendizagem por tentativa e erro, auxiliado de quando em vez pelos serviços de mapas on-line.

Então, aqui vai o primeiro desses mapas.

[Clique aqui para ver o trajecto no Google Maps]

Nas minhas deslocações para o trabalho e para mais uma série de pequenas coisas, tenho necessidade de ir diariamente desde a Av. Antero de Quental (junto ao BragaParque) até ao centro de Braga. Como se sabe, em Braga não há ciclovias, e, na verdade, até não são assim tão necessárias quanto isso. Há, isso sim, uma enorme necessidade de vias cicláveis, que é um conceito bem diferente, potencialmente mais útil e bem menos dispendioso.

A rota assinalada no mapa abaixo a azul representa o percurso que faço atualmente de bicicleta num dia normal. A verde, indico uma alternativa um pouco mais legal, mas com alguns inconvenientes. Durante algum tempo, usei este percurso alternativo como forma de evitar circular ilegalmente em ruas que têm um dos sentidos reservado aos transportes públicos. No entanto, como obrigava a sucessivas paragens em cruzamentos, subidas desnecessárias e utilização de uma rua com piso irregular (calceta), acabei por passar a efetuar quase sempre o trajeto pela Rua D. Pedro V (a azul).

Este é talvez o percurso mais confortável em termos de qualidade do piso e níveis de inclinação, para quem se desloca de bicicleta entre a zona do BragaParque e e o Centro. É também um percurso com pouca circulação automóvel (à excepção do ponto negro que refiro abaixo). Os motoristas dos transportes públicos têm sido impecáveis, e a maior parte dos automobilistas também. Ocasionalmente, há um ou outro automobilista ou condutor de trator agrícola que é menos compreensivo, mas felizmente são uma pequena minoria.

A Avenida Pe. Júlio Fragata (parte desta espécie de auto-estrada situada em torno do centro da cidade de Braga) é sem dúvida o ponto negro deste percurso: apesar de ter um piso excelente para qualquer veículo, as velocidades excessivas dos veículos motorizados tornam este trecho um tanto ou quando arriscado para quem circula de bicicleta, a velocidades consideravelmente mais baixas. Por outro lado, a sinalização horizontal obriga os veículos (bicicletas incluídas) a mudar de faixa antes do entroncamento da R. Dom António Bento Martins Junior. Isto obriga o ciclista a meter-se no meio de automóveis e camiões que não esperam cruzar-se com velocípedes, apesar de, à partida, não existir nenhum impedimento legal à circulação das bicicletas nesta via.

Quanto ao trecho entre a Rua D. Pedro V e a Rua de S. Victor, em termos estritos, o trânsito neste sentido está reservado apenas aos transportes públicos. No entanto, as bicicletas conseguem circular com facilidade, exceto quando há carros estacionados em segunda fila ou em contramão. Seria ótimo se a Câmara Municipal de Braga criasse aqui um corredor BUS+Bici!

Ao chegar ao início da Av. Central, o percurso prevê a saída da bicicleta da via principal (que tem um desagradável piso calcetado) para uma rua paralela que está geralmente reservada ao trânsito pedonal e a veículos de moradores. Uma vez mais, na ausência de uma via ciclável com piso decente até junto à Arcada, creio que seria boa ideia abrir este percurso e o próprio centro histórico à circulação de bicicletas, com a devida sinalização e regulamentação.

O mapa pode ser visto em mais detalhe nesta página.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Mini-sondagem #3: As políticas de mobilidade sustentável e ciclabilidade dos partidos políticos são um fator decisivo na sua intenção de voto?

No próximo domingo, dia 5 de junho, teremos eleições legislativas, das quais sairão um novo governo e uma nova distribuição de deputados na Assembleia da República. Os debates e as campanhas políticas nem sempre são tão esclarecedores quanto deles se esperaria. E o mesmo se poderia talvez dizer dos próprios programas eleitorais propostos pelos diversos partidos.

Foi talvez por esse motivo que a FPCUB decidiu consultar os partidos políticos com representação parlamentar relativamente à sua abordagem em matéria de Mobilidade Sustentável e Ciclabilidade. A informação (e a falta dela, em alguns casos) pode ser consultada aqui.

A este propósito, lançamos aos nossos leitores uma nova questão. Queremos, pois, saber se esta temática é para si de importância central. Isto é, se as políticas de mobilidade sustentável e ciclabilidade dos partidos políticos são um fator decisivo na sua intenção de voto, nestas eleições?

Resultados da mini-sondagem #2

Massa Crítica de maio em Lisboa reuniu mais de uma centena de ciclistas urbanos

Referia, ainda estes dias, que maio foi um mês de eventos relacionados com a bicicultura e a mobilidade sustentável. A Massa Crítica de maio terá contado em Lisboa com cerca de 140 participantes. Um número que é tão impressionante como inspiradoras são as fotos desse evento. A maior parte dos participantes fizeram-se deslocar de bicicleta, mas houve quem escolhesse outras formas de transporte também não-poluentes, como ir a pé (porque não?) ou de patins.

A seleção de fotos abaixo foi gentilmente cedida pelo autor, Alexandre Páris. Mas vale a pena percorrer a extensa galeria que ele publicou nesta página.

domingo, 29 de maio de 2011

Muitos eventos com bicicletas por esse país fora, e o seu significado

Na última semana deste Mês das Bicicletas, proliferaram por este país os eventos sociais com bicicletas em contexto urbano. E nem a chuva foi capaz de demover dezenas ou centenas de participantes.

Como vem sendo habitual, na última sexta-feira de cada mês realiza-se de Norte a Sul, e também lá fora, a Bicicletada ou Massa Crítica. Umas vezes com menos participantes, outras com mais. Em Lisboa, diz que houve desta vez 126 participantes a pedalar pela cidade. Certamente que não são os únicos ciclistas urbanos da cidade de Lisboa, até porque estes eventos decorrem habitualmente num horário que para muitos será difícil de conciliar com as obrigações laborais. Mas é bom ver que mesmo assim existe uma forte adesão, mostrando união em torno da ideia de que a bicicleta é uma importante mais-valia para as cidades modernas e que devem ser criadas mais condições para o seu uso generalizado. Parabéns, Lisboa!

Também em Lisboa, realizou-se este sábado o 1º Evento Cycle Chic Lisboa, com quase 200 participantes. A chuva forte que se fez sentir não impediu que as bicicletas saíssem à rua com a naturalidade e elegância que lhes é própria. Parabéns à organização do evento!

Cá por Braga, costuma também realizar-se mensalmente a Massa Crítica (na qual infelizmente não tive ainda a oportunidade de participar), mas ainda não tive notícia sobre a última edição...

Em todo o caso, os Encontros com Pedal têm juntado aos fins de semana alguns dos ciclistas urbanos bracarenses. Com uma vertente um pouco menos reivindicativa e quicá mais prazerosa, juntam miúdos e graúdos em passeios descontraídos pelo centro da cidade. É uma espécie de turismo com os nossos vizinhos quase sem sair de casa - agrada-me particularmente o facto de haver lugar nestes passeios para os ciclistas de todas as idades.

Esta semana, houve ainda lugar para uma pedalada em dia útil, inserida na iniciativa "MOVE-TE PELA ESCLEROSE MÚLTIPLA". A organização dos Encontros com Pedal ajudou na divulgação do evento na cidade de Braga, mas pedaladas e caminhadas semelhantes decorreram no mesmo dia em cerca de uma dezena de cidades portuguesas. Mesmo não sendo um evento de promoção do ciclismo utilitário, não deixa de ser uma forma útil de dar uso à bicicleta.

...

Este tipo de eventos, que proliferam com a chegada da primavera e a aproximação do verão, mostram que 1) há muitas bicicletas prontas a usar nas cidades e que 2) há vontade de as usar. Falta apenas qualquer coisa para que essa vontade se concretize de forma mais frequente e generalizada.

A um nível individual, falta perder o receio de ser visto como um "maluquinho contra-corrente que deixa o automóvel em casa", e aprender a circular de bicicleta nas ruas da cidade de forma segura e eficiente. Para além do conhecimento do Código da Estrada, pode ser particularmente útil o contacto com ciclistas urbanos mais experientes, ou então a leitura das suas experiências, algo que é extremamente fácil de encontrar na Internet. As comunidades de ciclistas urbanos, como os Encontros com Pedal, a Massa Crítica e a MUBi, podem certamente dar uma ajuda preciosa nesse processo.

A um nível local, é necessário criar condições que promovam e facilitem o uso normal da bicicleta como meio de transporte. Apontaria, como exemplo, a criação de uma rede de vias cicláveis (não necessariamente ciclovias, mas vias onde esteja efetivamente prevista a circulação de bicicletas) a unir os principais pontos da cidade, com piso, dimensão, inclinação e regulamentação adequada a esse meio de transporte. Muitas dessas vias podem perfeitamente ser as ruas já existentes, com pequenos ajustes na sinalização horizontal e vertical. Noutros casos, pode ser útil por exemplo a demarcação de uma área reservada a ciclistas, ou uma faixa partilhada entre estes e os transportes públicos. Devem estar previstos estacionamentos adequados (isto é, que permitam prender facilmente o quadro e ambas as rodas da bicicleta, sem a danificar), em quantidade suficiente, por toda a cidade.

A um nível nacional, é urgente alterar o Código da Estrada por forma a aumentar a segurança dos ciclistas, por exemplo promovendo uma acalmia de trânsito nos centros urbanos e aplicando o princípio da proteção dos mais vulneráveis (peões ou ciclistas). É também importante promover a formação de condutores (de bicicletas ou eventualmente de outros veículos) desde cedo, nas escolas. O Primeiro Ciclo pode e deve dar os primeiros ensinamentos sobre como se usa uma bicicleta como meio de transporte útil, uma formação que se deve estender ao longo dos ciclos seguintes. As escolas de condução podem e devem aproveitar para propor aos seus clientes cursos de condução de bicicleta - um serviço que para além de ser inovador, fará com que não fiquem de fora da corrida quando o carro deixar de ser a primeira opção. Acrescentaria ainda que em matéria de legislação e Orçamento de Estado muito mais se pode pensar e fazer. Benefícios fiscais para quem opta por comprar e usar bicicleta em vez do carro, subsídio de transporte no emprego para quem for de bicicleta, programas de apoio à compra e utilização de bicicletas utilitárias, etc.

Num tempo em que o orçamento familiar vai encolhendo e o preço do petróleo vai aumentando, é natural que cada vez mais pessoas se interessem por este meio de transporte que além de económico é amigo do ambiente. Parece haver um aumento desse interesse, e podemos mesmo estar num momento-chave para uma evolução positiva em matéria de mobilidade sustentável. Nesta matéria, como afinal em tantas outras, cabe a todos e a cada um dar o seu contributo pessoal.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Meditando a partir das Conversas no Tanque...

Tive a oportunidade de estar presente esta noite na Velha-a-Braga, durante uma edição das Conversas no Tanque dedicada ao tema da mobilidade urbana em bicicleta, onde pudemos escutar na primeira pessoa os testemunhos de Miguel Barbot (Um pé no Porto e outro no pedal) e Sérgio Moura (De Bicicleta no Porto).

Falou-se um pouco de tudo - da escolha da bicicleta certa para pedalar na cidade, das ciclovias, dos capacetes, das alterações que é preciso fazer ao Código da Estrada, dos mitos dos declives, dos exemplos de Amesterdão ou Portland, da falta de estacionamento para bicicletas, do impacto positivo do uso da bicicleta na qualidade de vida das pessoas e na sua relação com a sua cidade, etc...

Isto de eleger a bicicleta como meio de transporte preferencial é uma coisa simples, mas que tem muito que se lhe diga. Há inúmeras questões de ordem prática, que interessam aos utilizadores desse meio de transporte. Mas há muitas outras questões. Por exemplo, nas áreas da Educação (a necessidade de formar peões, ciclistas e automobilistas responsáveis desde o início da idade escolar), do Urbanismo (localização das áreas habitacionais, a falta de uma rede de vias realmente cicláveis a unir os principais pontos da cidade, os estacionamentos para bicicletas, a integração com transportes públicos) e da Legislação (a necessidade de rever o Código da Estrada dando mais proteção e prioridade aos ciclistas).

Tirando o facto de a assistência a este tipo de eventos ser, como habitualmente, reduzida a um pequeno grupo de pessoas, diria que esta reunião soube a pouco, porque muito haveria ainda para conversar. Mas ainda assim, seria bom que os temas abordados chegassem aos ouvidos de certas classes dirigentes da cidade de Braga.

Num futuro mais ou menos próximo, talvez outros eventos um pouco mais formais possam vir a contar com representações oficiais das juntas de freguesia, da câmara municipal e de outras instituições responsáveis pelo planeamento urbano. Quem sabe, possa até proceder-se à elaboração de um conjunto de atas a fornecer à comunicação social e a essas mesmas instituições.

...

O futuro da bicicleta em cidades como Braga passa também, em grande medida, pela promoção efetiva deste meio de transporte junto da população escolar e universitária (incluindo alunos e docentes). É algo que não pode ser descurado, pelo que é necessário sensibilizar e envolver associações de pais (quem é que não gostaria de ver os seus filhos a pedalar em segurança até à escola, em vez de enfrentar uma fila de carros?...), alunos, docentes e ainda os diretores das escolas.

Para quê? Para ajudar os órgãos decisores a delinear soluções práticas e funcionais em termos de urbanismo, mas sem descurar a educação do público jovem numa área tão importante como é a circulação rodoviária. O objetivo seria, a médio prazo, criar condições para que muitos pais acompanhassem os seus filhos à escola em bicicleta e que os alunos mais crescidos passassem a utilizar esse meio de transporte na deslocação casa-escola, em segurança.

Para quem vive numa cidade como Braga e não anda de bicicleta nem se interessa por estas questões, pode parecer um cenário idílico e idealista. Mas não é. Há escolas portuguesas onde já se promove o uso da bicicleta - e onde a bicicleta é efetivamente utilizada pelos alunos.

Hoje é dia de Bicicletada (Massa Crítica)

Tal como já vem sendo habitual, na última sexta-feira do mês - que por acaso é hoje mesmo - realiza-se em várias cidades portuguesas e estrangeiras a Massa Crítica (ou bicicletada). De norte a sul, e em diferentes continentes, os ciclistas urbanos (habituais ou esporádicos) unem-se para partilhar e celebrar a mobilidade sustentável. É uma oportunidade para partilhar experiências, divulgar a bicicleta enquanto meio de transporte útil e sensibilizar a população.

O contexto de grupo aumenta a visibilidade das bicicletas, tornando assim um pouco mais segura a sua circulação na via pública, no trânsito. Em todo o caso, dado que este evento decorre ao final da tarde, nunca é demais lembrar que é boa ideia levar roupas claras e, sobretudo, usar refletores e luzes nas bicicletas.

Em Braga, o ponto de encontro escolhido é o chafariz da Arcada (Av. Central, a partir das 18h30). Se estiver por perto de Braga, já sabe: pegue na sua bicicleta e venha para a rua celebrar a mobilidade sustentável!

Mais informações estão disponíveis na página da Massa Crítica Braga, no Facebook, ou no site da Massa Crítica - Portugal.

Apareçam!

terça-feira, 24 de maio de 2011

Conversas no Tanque, com Miguel Barbot e Sérgio Moura

Esta quinta-feira, as Conversas no Tanque, organizadas pela associação Velha-a-Branca, trazem até Braga duas pessoas bem conhecidas no âmbito da mobilidade urbana em bicicleta: Miguel Barbot e Sérgio Moura. O tema desta sessão é, precisamente, a bicicleta na cidade, o seu uso como meio de transporte e como forma de transformação positiva do meio urbano. Será certamente uma noite bem agradável!

MIGUEL BARBOT tem 34 anos. É consultor de marketing e inovação e dinamizador da Associação de Cidadãos do Porto e do Movimento Cidades pela Retoma. Anda de bicicleta porque faz bem à saúde e o leva a mais sítios da cidade e mais rapidamente do que o carro. Assim, poupa mais de 1600 euros por ano. No blogue 1penoporto.wordpress.com, pretende relatar a sua experiência do dia-a-dia e oferecer as notícias mais relevantes para a mobilidade sustentável no Porto.

SÉRGIO MOURA tem 34 anos e vive no Porto. Arquitecto umas vezes, fotógrafo outras, vai dividindo o seu tempo entre uma profissão e uma obsessão. A bicicleta surge muito naturalmente entre as duas, como forma de locomoção e bem estar. Sempre a utilizou desde muito novo e há aproximadamente três anos começou a usá-la de forma mais consciente e sistemática, criando o blogue bicicletanoporto.blogspot.com.

Mini-sondagem #2: Quanto custou a bicicleta que utiliza com mais frequência?

Depois de uma primeira experiência que contou com uma excelente participação dos leitores (e que uma vez mais agradeço), venho hoje introduzir a segunda questão nesta série de mini-sondagens.

Pretende-se desta vez averiguar quais as faixas de preços mais populares nas bicicletas que vocês utilizam com mais frequência. Se tiverem mais do que uma bicicleta, refere-se àquela que é mais usada. De notar que, na resposta a esta questão, não devem ser incluídos acessórios ou upgrades feitos posteriormente à data da compra. Ou seja, trata-se apenas do custo inicial de aquisição da bicicleta.

Estão, desde já, convidados a participar e divulgar esta mini-sondagem junto dos vossos amigos que também andam a pedal. Obrigado a todos!

Resultados da mini-sondagem #1

Costuma utilizar uma bicicleta no seu dia-a-dia?

De regresso ao pedal

Após uma longa interrupção que pareceu quase interminável, volto amanhã a pedalar nas ruas de Braga.

Pelo caminho, a bicicleta levou um eixo pedaleiro novo, uma pedaleira nova e uma nova corrente. Ainda foi uma despesa de algumas dezenas de euros, é certo. Mas, afinal de contas, foi menos do que aquilo que tive de gastar em gasolina e estacionamento ao longo deste período em que fiquei sem bicicleta. Tive pena de perder a brisa e a passagem pela animação das ruas do centro, e de ter de enfrentar repetidamente algumas filas de trânsito num carro aquecido pelo sol que tem estado nas últimas semanas.

Mas chega de queixumes e vamos lá mas é pedalar!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Mini-sondagem #1: Costuma utilizar uma bicicleta no seu dia-a-dia? [terminada]

Com este brevíssimo artigo, venho introduzir mais uma pequena rubrica neste blog. Em jeito de mini-sondagem, colocarei regularmente aos leitores questões simples e de resposta rápida, relacionadas de com a utilização da bicicleta.

Juntamente com os comentários a artigos, estas mini-sondagens permitem uma certa interatividade com o público e algum conhecimento geral sobre os leitores do blog.

Fica, pois, o convite à vossa participação, que desde já agradeço.

Actualização: Esta mini-sondagem já terminou. Agradeço a todos os que participaram. Poderão consultar os resultados nesta página.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Ainda ontem eu dizia...

Ainda ontem dizia eu que uma das desvantagens de andar de carro é que é preciso enfrentar os arrumadores, deixar moedas nos parquímetros e/ou contar com os polícias ao virar da esquina. Hoje, pelos vistos, era dia de contar com o polícia ao virar da esquina.

Por coincidência ou não, no banco ou vi dizer que esta manhã tinham esgotado o stock de moedas, o que não era habitual...

Em cerca de um mês - mais coisa menos coisa - sem bicicleta e a usar o carro para ir para o trabalho, já devo ter gasto uns 80 euros em gasolina, mas 4 ou 5 euros a limpar o para-brisas do servicinho dos pombos, mais uma quantia indeterminada em talões de estacionamento... e mais estes 9,50 euros de gorgeta aos senhores da Polícia Municipal. Contas feitas, já dava para ter comprado uma bicicleta suplente em segunda mão.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

As saudades que eu já tinha da minha alegre bicicletinha...

Com a bicicleta enfiada na oficina, pega-se no carro e atura-se um pouco de tudo: pombos que teimam em fazer do carro uma retrete, filas de carros a fumegar no para-arranca, arrumadores a pedir moeda no estacionamento, máquina a pedir moeda também no estacionamento - ou o polícia talvez à espera ao virar da esquina, carros que acidentalmente nos dão cabo da pintura e de algo mais, gasolina ao preço de... bem, de alguma coisa que poderia ser mais frutífera. Etc.

Devo dizer que nunca pensei que reparar a transmissão de uma bicicleta pudesse ser tão demorado. Estou há praticamente um mês sem bicicleta, em repetida frustração. Primeiro, uma serie de eixos pedaleiros que não serviam. Depois de aparecer o eixo certo, agora é o prato pedaleiro que não aparece.

Entretanto, lá ando eu de latinha no meio dos popós... Alguém me empresta uma bicicleta por uns tempos? :-)

terça-feira, 3 de maio de 2011

Cenas a Pedal - uma empresa portuguesa dedicada ao ciclismo utilitário

Há muitas lojas de bicicletas por esse país fora, e é certo que a melhor loja é muitas vezes aquela que está ao virar da esquina, onde estão as pessoas a quem podemos recorrer a cada momento. No entanto, no nosso país a maior parte das lojas continuam vocacionadas para o ciclismo de desporto e aventura, e com uma oferta relativamente pobre em matéria de ciclismo utilitário. É precisamente nesse âmbito que gostaria de destacar uma loja de que tenho lido e ouvido falar muitas coisas boas.

Falo da loja on-line Cenas a Pedal, uma loja portuguesa especializada em bicicletas e triciclos utilitários, e que comercializa ainda um vasto leque de componentes e acessórios destinados ao mesmo público-alvo.

Para além da importação e venda de bicicletas e afins, esta empresa fundada há cerca de 5 anos por Ana Pereira e Bruno Santos dedica-se ainda a outros serviços bem interessantes na região de Lisboa. Destacaria dois que me parecem exemplificar o posicionamento alternativo e inovador da Cenas a Pedal no mercado português.

Em primeiro lugar, salientaria o facto de esta empresa disponibilizar aulas particulares e cursos de formação de condução de bicicleta para adultos e crianças, um tipo de serviço especialmente útil para quem quer começar a usar a bicicleta e tem medo de se aventurar nas ruas, ou para quem quer que os seus filhos aprendam desde cedo a circular no trânsito em segurança.

Depois, há o inovador Bicycle Repair Man, um serviço de mecânica no local, para casos de emergência. Ou seja, se temos uma avaria na bicicleta a meio do caminho e precisamos de ajuda, podemos ligar a um mecânico para pedir ajuda. No caso de não ser possível realizar a reparação no local, é ainda possível contratar um serviço de reboque num bike trailer até à oficina mais próxima.

- Quero algo assim cá em Braga! :-)

A propósito, a Cenas a Pedal vai abrir esta sexta-feira um novo ateliê, onde estará instalado o escritório de consultoria e projetos, um showroom dos produtos da loja on-line e a oficina, e onde haverá também bicicletas, patinetes e triciclos de demonstração e para alugar. Já sabem, se andarem pela zona de Lisboa ao fim da tarde de 6ª, apareçam para conhecer o espaço e as pessoas envolvidas no projeto. Mais informações nesta página.

sábado, 30 de abril de 2011

Pequenas novidades...

Algumas atualizações recentes a este blog que poderão ter passado despercebidas:

  • Adicionámos a divertida série de banda desenhada sobre ciclismo Yehuda Moon à secção Úteis.
  • Criámos uma página intitulada TOP, onde reunimos atalhos para alguns dos tópicos mais populares deste blog.
  • Temos acrescentado regularmente novos sites à secção Não estamos sós. A maioria são portugueses, mas a página também acolhe sites de outros países, desde o Brasil aos EUA ou da Dinamarca a Moçambique.
  • Integrámos na barra lateral um mapa que permite visualizar em que parte do mundo se encontram os nossos leitores (só inclui visitas posteriores à data da sua inclusão). É interessante verificar que, para além do público europeu, temos também um importante conjunto de leitores em diversos pontos do Brasil. Ao longo dos próximos meses, queremos colocar mais alguns círculos verdes noutros pontos do mapa, incluindo a Ásia, África e... quem sabe, até o Alaska :-)
  • Incluímos no fundo da barra lateral (na página inicial) uma ferramenta de navegação no Arquivo, para acesso rápido aos artigos publicados num determinado mês/ano.
  • Outros pequenos melhoramentos, aqui e ali.

Esperamos que gostem e continuaremos abertos a críticas e sugestões!

 

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Hoje é dia de Bicicletada (Massa Crítica)

Depois de três edições consecutivas com sucesso, é já hoje que se realizará a 4ª Massa Crítica (ou bicicletada) em Braga. Se estiver por perto de Braga, já sabe: pegue na sua bicicleta e venha para a rua celebrar a mobilidade sustentável!

O ponto de encontro escolhido é o chafariz da Arcada (Av. Central, a partir das 18h30. Apareçam! :-)

Mais informações estão disponíveis na página da Massa Crítica Braga, no Facebook, ou no site da Massa Crítica - Portugal.